ATA
DA QUADRAGÉSIMA SEXTA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA
DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 23-5-2011.
Aos
vinte e três dias do mês de maio do ano de dois mil e onze, reuniu-se, no Plenário
Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às
quatorze horas, foi realizada a chamada, respondida pelos vereadores Adeli
Sell, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Fernanda Melchionna, João Antonio Dib, Luiz
Braz, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Nilo Santos, Tarciso Flecha
Negra e Toni Proença. Constatada a existência de quórum, o senhor Presidente
declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os
vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Bernardino
Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos Todeschini, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal,
Elói Guimarães, Engenheiro Comassetto, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João
Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Mario Fraga, Mario Manfro, Nelcir Tessaro,
Paulinho Rubem Berta, Pedro Ruas, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Sebastião
Melo, Sofia Cavedon e Waldir Canal. À MESA, foi encaminhado, pelo vereador Bernardino Vendruscolo, o Projeto de
Lei do Legislativo nº 053/11 (Processo nº 1714/11). Do EXPEDIENTE, constaram os
Ofícios nos 1615, 1702, 2254, 2347, 2370, 2371, 2377, 2638, 3043,
3330 e 3414/11, do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Durante a Sessão,
deixaram de ser votadas as Atas da Vigésima Primeira, Vigésima Segunda,
Vigésima Terceira, Vigésima Quarta, Vigésima Quinta, Vigésima Sexta, Vigésima
Sétima, Vigésima Oitava, Vigésima Nona, Trigésima, Trigésima Primeira, Trigésima
Segunda, Trigésima Terceira, Trigésima Quarta, Trigésima Quinta, Trigésima
Sexta e Trigésima Sétima Sessões Ordinárias, da Quinta Sessão Extraordinária e
da Primeira e Segunda Sessões Solenes. Após, constatada a existência de quórum
deliberativo, foi aprovado Requerimento verbal formulado pelo vereador João
Antonio Dib, solicitando alteração na ordem dos trabalhos, iniciando-se o
período de COMUNICAÇÕES, hoje destinado a assinalar o transcurso do
septuagésimo oitavo ano de fundação do Jornal do Comércio, nos termos do
Requerimento nº 001/11 (Processo nº 0165/11), de autoria do vereador João
Antonio Dib. Compuseram a Mesa: a vereadora Sofia Cavedon, Presidenta da Câmara
Municipal de Porto Alegre; e o senhor Mércio Tumelero, Diretor-Presidente do
Jornal do Comércio. Em COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se os vereadores João Antonio
Dib, Elói Guimarães, Mauro Pinheiro, este em tempo cedido pelo vereador Carlos
Todeschini, Dr. Raul Torelly e Toni Proença, este em tempo cedido pelo vereador
Elias Vidal. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se o vereador Pedro Ruas. A
seguir, a senhora Presidenta convidou o vereador João Antonio Dib a proceder à
entrega do Troféu Câmara de Porto Alegre ao senhor Mércio Tumelero, concedendo
a palavra a Sua Senhoria que, em nome da entidade homenageada, agradeceu o Troféu
recebido. Na oportunidade, foram registradas as presenças, neste Plenário, dos
senhores Luiz Borges, Pedro Maciel, Luiz Guimarães, Guilherme Kolling, Roberto
Brenol Andrade e Cristiano Vieira, respectivamente Diretor-Comercial,
Editor-Chefe, Editor de Economia, Editor de Política, Editor de Opinião e
Editor Executivo de Cultura do Jornal do Comércio, do senhor Marcus Vinícius
Meneghetti e da senhora Fernanda Bastos, jornalistas do Jornal do Comércio. Às
quatorze horas cinquenta e quatro minutos, os trabalhos foram regimentalmente
suspensos, sendo retomados às quinze horas e um minuto, constatada a existência
de quórum. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se a vereadora Fernanda
Melchionna, pela oposição, e o vereador João
Antonio Dib. Em COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se os vereadores DJ Cassiá e Luciano Marcantônio,
este em tempo cedido pelo vereador Dr. Thiago Duarte. Em
GRANDE EXPEDIENTE, pronunciaram-se os vereadores Sebastião Melo e Reginaldo
Pujol. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Paulinho Rubem
Berta, Carlos Todeschini, João Antonio Dib, este pelo Governo, Idenir Cecchim,
Luiz Braz e Airto Ferronato. Às dezesseis
horas e vinte e seis minutos, constatada a existência de quórum, foi iniciada a
ORDEM DO DIA. Em prosseguimento, foram apregoados os seguintes Memorandos,
deferidos pela senhora Presidenta, solicitando autorização para representar
externamente este Legislativo: s/nº, de autoria das vereadoras Fernanda
Melchionna e Maria Celeste e do vereador Pedro Ruas, hoje, em reunião com o
promotor de justiça Luciano Brasil, para tratar de questões atinentes ao “Bar
Pacífico”, em Porto Alegre; e s/nº, de autoria do vereador João Carlos Nedel,
no dia dezesseis de maio do corrente, em reunião com o senhor José Fortunati,
Prefeito Municipal, para tratar de financiamentos junto ao Ministério das
Cidades, às dezesseis horas, em Porto Alegre. Também, foi apregoado Requerimento
de autoria do vereador Airto Ferronato, solicitando Licença para Tratamento de
Saúde no dia dezenove de maio do corrente. Após, foi aprovado Requerimento
verbal formulado pelo vereador Airto Ferronato, solicitando alteração na ordem
de apreciação da matéria constante da Ordem do Dia. Em Discussão Geral e
Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 183/10 (Processo
nº 4179/10), por vinte e nove votos SIM, após ser discutido pelo vereador Reginaldo
Pujol, tendo votado os vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Aldacir José
Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr.
Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Elói Guimarães, Engenheiro Comassetto, Haroldo
de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, Luciano Marcantônio, Luiz Braz,
Mario Fraga, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Nilo
Santos, Paulinho Rubem Berta, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Sofia Cavedon,
Tarciso Flecha Negra, Toni Proença e Waldir Canal. Em Discussão Geral e
Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 157/10 (Processo nº
3278/10), após ser discutido pelos vereadores Carlos Todeschini, Reginaldo
Pujol, Bernardino Vendruscolo, Dr. Thiago Duarte, Engenheiro Comassetto e Dr.
Raul Torelly. Em Discussão Geral e Votação, foi rejeitado o Projeto de Lei do
Legislativo nº 011/10 (Processo nº 0458/10), por nove votos SIM e dez votos
NÃO, após ser discutido pelos vereadores Aldacir José Oliboni, Adeli Sell, João
Antonio Dib, Reginaldo Pujol, Dr. Raul Torelly e Luiz Braz, em votação nominal
solicitada pelos vereadores Haroldo de Souza, João Antonio Dib e Luiz Braz,
tendo votado Sim os vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Aldacir José
Oliboni, Carlos Todeschini, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Engenheiro
Comassetto, Mauro Pinheiro e Toni Proença
e Não os vereadores DJ Cassiá, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João
Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Mario Fraga,
Professor Garcia e Reginaldo Pujol. Na
ocasião, o vereador Aldacir José Oliboni formulou Requerimento verbal, solicitando
renovação da votação do Projeto de Lei do Legislativo nº 011/10, tendo a
senhora Presidenta determinado que esse Requerimento fosse apresentado por escrito.
Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº
254/08 (Processo nº 6253/08). Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº 031/11
(Processo nº 1785/11). Às dezessete horas e trinta e seis minutos, a senhora
Presidenta declarou encerrada a Ordem do Dia. Em PAUTA, Discussão Preliminar,
estiveram: em 1ª Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo nº 015/11, discutido
pelos vereadores Aldacir José Oliboni, Adeli Sell e João Antonio Dib; em 2ª Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo nº
051/11, discutido pelo vereador Reginaldo Pujol, o Projeto de Lei do Executivo
nº 019/11, os Projetos de Resolução nos 015 e 014/11, este discutido
pelo vereador Reginaldo Pujol. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se o
vereador Dr. Thiago Duarte. Durante a Sessão, o vereador Dr. Thiago Duarte
manifestou-se acerca de assuntos diversos. Às dezoito horas, nada mais havendo
a tratar, a senhora Presidenta declarou encerrados os trabalhos, convocando os
senhores vereadores para a Sessão Ordinária da próxima quarta-feira, à hora
regimental. Os trabalhos foram presididos pela vereadora Sofia Cavedon e pelo
vereador DJ Cássia e secretariados pelo vereador Toni Proença. Do que foi
lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo senhor
1º Secretário e pela senhora Presidenta.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para um
Requerimento.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB (Requerimento): Srª Presidente, solicito a inversão da ordem dos
trabalhos, para que possamos imediatamente entrar no período de Comunicações.
Após, retornamos à ordem normal.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação o Requerimento de autoria do Ver. João
Antonio Dib, que solicita a inversão da ordem dos trabalhos. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
Passamos às
Hoje este período é destinado a assinalar o
transcurso do 78º aniversário do Jornal do Comércio, nos termos do Requerimento
nº 001/11, de autoria do Ver. João Antonio Dib, Processo nº 0164/11. Convidamos
para compor a Mesa o Sr. Mércio Tumelero, Diretor-Presidente do Jornal do
Comércio.
Antes de passar a palavra ao proponente desta
homenagem, aprovada pelo conjunto dos Vereadores – porque todos reconhecem a
seriedade deste Jornal, a confiabilidade no tratamento da notícia, o respeito
com que trata a política, os representantes do povo, contribuindo para a
democracia –, gostaria de dizer, Sr. Mércio, que a sua presença aqui, com seus
representantes, nesta Casa, que tem a grande responsabilidade de representar o
povo de Porto Alegre, faz com que nos sintamos muito respeitados e com a grande
responsabilidade de contribuir para o excelente jornalismo que faz o Jornal do
Comércio.
O
Ver. João Antonio Dib, proponente desta homenagem,
está com a palavra em Comunicações.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; meu caro amigo Mércio Tumelero,
Presidente do Jornal do Comércio; integrantes deste Jornal extraordinário,
quero dizer que dentro de dois dias o Jornal o Comércio completará 78 anos, e,
desses 78 anos, 65 anos eu o acompanhei. Conheci o Jornal do Comércio, que se
chamava Consultor do Comércio, lá no Palácio do Comércio. Uma parte era
impressa, e a outra era mimeografada, e isso me levou até o Jornal do Comércio.
Eu devo a ele, talvez, estar sentado aqui hoje, meu caro Presidente Mércio. Eu
era um estudante com muitas dificuldades de sobrevivência e descobri que
poderia fazer os polígrafos no Colégio Júlio de Castilhos e fazer, então, uma
receita bastante boa para que eu pudesse viver melhor. Isso aconteceu quando eu
conheci o Jornal do Comércio, conheci o Dr. Jenor, depois a D. Zaida, o Delmar,
e, hoje, presidindo o Jornal do Comércio, está o Mércio.
O Prêmio que é outorgado ao Jornal do Comércio, o
Troféu Câmara Municipal, instituído na Legislatura passada, só pode ser
oferecido por um Vereador a cada quatro anos. A única entidade que será por mim
homenageada é o Jornal do Comércio, porque no próximo ano eu devo deixar a
Câmara Municipal. Este Prêmio é para entidades ou pessoas físicas que tenham
contribuído para o desenvolvimento da nossa querida Porto Alegre.
O Jornal do Comércio, realmente, é o que melhor
retrata o que acontece na Câmara Municipal. Em 2009, quando nós discutíamos o
Plano Diretor, em continuadas Sessões que aconteceram, desde cedo a
representante do Jornal do Comércio aqui esteve, e as noticias eram retratadas
com a seriedade e com o respeito que precisavam ter. Até hoje continua sendo o
Jornal que mais cobertura dá para a Câmara Municipal; faz uma cobertura justa e
critica, se tiver que ser criticada a Câmara, mas faz uma crítica construtiva.
O Jornal do Comércio é o jornal mais antigo do Estado do Rio Grande do Sul em
circulação contínua. O Correio do Povo é mais antigo, mas, por dois anos, mais
ou menos, não sei exatamente, ele esteve fora de circulação, e o Jornal do
Comércio sempre continuou com a sua circulação. No início, como eu disse,
chamava-se Consultor do Comércio, informava a Bolsa, a chegada e a movimentação
dos navios, isso era mimeografado - naquele tempo nós tínhamos a Bolsa de Porto
Alegre, hoje não temos mais. De Consultor do Comércio, o jornal passou para o
Jornal do Comércio. Hoje nós estamos todos aqui reunidos dizendo pela
unanimidade dos Vereadores que o Jornal do Comércio merece o nosso respeito, merece
o nosso carinho.
O Dr. Jenor Cardoso Jarros é nome de rua nesta
Cidade; o Jornal do Comércio é nome de uma praça desta Cidade, contudo a Dona
Zaida ainda não teve uma homenagem à altura daquilo que fez, mas esta Câmara
vai providenciar, sem dúvida nenhuma, e, junto com a Dona Zaida, também ao
nosso amigo Delmar, que cuidou da presidência do Jornal do Comércio. Sr.
Mércio, V. Sa agora está fazendo o trabalho que no passado pertenceu
ao Dr. Jenor, à Dona Zaida, ao Delmar, agora pertence ao amigo.
Eu quero encerrar as minhas palavras cumprimentando
o Jornal do Comércio pelo seu trabalho em prol da Cidade, dando notícias do
comércio, da indústria, parte legal, trazendo informações jurídicas, mas não
quero encerrar sem antes dar um abraço no meu amigo Mércio Tumelero, que
amanhã, um dia antes do transcurso dos 78 anos do Jornal do Comércio, fará
aniversário. Mércio amigo, saúde, paz e sucesso...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Prestigiam esta solenidade o Sr. Luiz Borges,
Diretor Comercial; Sr. Pedro Maciel, Editor-Chefe do Jornal do Comércio; Sr.
Luiz Guimarães, Editor de Economia; Sr. Guilherme Kolling, Editor de Política;
Sr. Roberto Brenol Andrade, Editor de Opinião; Sr. Cristiano Vieira, Editor
Executivo de Cultura. Estão aqui os grandes responsáveis pela qualidade desses
editoriais. Estava, inclusive, destacando aqui ao Mércio algo que poderia ser
estranho ao Jornal do Comércio, algo de que sou muito fã, como todos nós,
acredito: a edição de cultura. Destaco a edição de cultura, não que ela seja
melhor do que as outras, mas ela surpreende por ser este pretensamente um
jornal mais dedicado ao comércio, o que demonstra a visão de integralidade do
ser humano e da sociedade que o jornal tem.
Ainda chamo a atenção aqui a dois jornalistas que,
tenho certeza, todos gostariam que chamássemos: o Marcus Vinícius Meneghetti,
que é quase da Casa - Marcus, o nosso carinho e, em seu nome, o nosso
cumprimento a todos os jornalistas do Jornal do Comércio -, e a jornalista
Fernanda Bastos, que trata todos os assuntos com muita seriedade. Nós
aplaudimos estes dois jornalistas e, na figura deles, toda a equipe de
jornalistas do Jornal do Comércio, profissionais competentes, dedicados e muito
sérios.
O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. PEDRO
RUAS: Presidente Sofia Cavedon, meu caro Mércio Tumelero, é uma honra e uma
alegria tê-lo aqui nesta homenagem, bem como os diretores e editores presentes,
proposição que, em muito boa hora, como sempre, S. Exª o Ver. João Dib propôs,
e a Casa aprovou por unanimidade. Mércio, eu falo em meu nome e em nome da Verª
Fernanda Melchionna, nós somos da Bancada do PSOL. Temos posições conhecidas
nacionalmente, porque o Partido tem a mesma posição em nível nacional, no
Estado e na Cidade.
Quero comentar a respeito dos jornalistas que já
foram mencionados, o Marcus e a Fernanda, e não vou deixar de mandar o meu
abraço aqui ao Armando Burd. Falar em jornalista e não falar no Armando... Está
ali o Armando, acabei de vê-lo.
Tumelero, é motivo de muito orgulho para os
Vereadores e Vereadoras desta Casa, independentemente do Partido político e da
ideologia a qual se vinculam, filiam-se, o fato de que o Jornal do Comércio cobre
as atividades da Câmara, ele se interessa pelos assuntos da Cidade, como nenhum
outro órgão de imprensa o faz. Esse é um dado definitivo, Ver. Sebastião Melo,
incontestável. Por óbvio, não estou falando mal de nenhum órgão de imprensa
aqui. Estou fazendo um registro da realidade, da
verdade! Os Vereadores do PSOL, do PT, do PMDB, do PP, do PSDB, do PMDB, do
PTB, de todos os Partidos têm a mesma posição, porque é uma realidade.
São assuntos
polêmicos, Ver. Toni Proença: às vezes, é uma CPI - por exemplo, a CPI da
Saúde, tema que ainda hoje está em debate no Judiciário -, ou são assuntos de
um determinado bairro que precisa de alguma atenção, ou é alguma discussão do
Plano Diretor. Ali, Ver. João Dib, há o trabalho da Fernanda, do Marcus, das
jornalistas e dos jornalistas do Jornal do Comércio, permanentemente a dar
atenção ao nosso trabalho, Ver. Dr. Thiago, à nossa atividade, a ser, na
verdade, Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon, a forma de comunicação desta Casa
com a sociedade porto-alegrense.
Então, a homenagem é
mais do que justa, é absolutamente merecida. É um orgulho para nós termos esse
veículo em circulação e termos a oportunidade de homenageá-lo e de
agradecer-lhe no dia de hoje. Não pensem os senhores e as senhoras que é
simples a atividade política. Nós procuramos, cada um de nós, da sua forma, do
seu jeito, com as suas obrigações partidárias, com seu compromisso ideológico,
fazer o melhor que está ao nosso alcance. Estamos permanentemente preocupados
também com as pessoas que nos deram este mandato, que confiaram em nós;
queremos que saibam que estamos aqui lutando por aquilo que prometemos na
campanha eleitoral, pelos compromissos que assumimos, e como elas saberão
disso? Se não fosse o trabalho da Fernanda, se não fosse o do Marcus, se não fosse
o espaço que o Jornal do Comércio nos proporciona, Mércio Tumelero, nós não
teríamos essa oportunidade!
Na verdade, aquilo
que a política tem de melhor, que é o dia a dia do esforço dos Vereadores, dos
Parlamentares em geral, mesmo divergente, para colocarem em prática aquilo em
que acreditam e aquilo a que se comprometeram com a sociedade, isso tudo tem
espaço no Jornal do Comércio. O Jornal do Comércio, o JC, não fica esperando a
briga, a denúncia, o enfrentamento, o escândalo; está preocupado no dia a dia,
com o que está ocorrendo efetivamente no trabalho produtivo dos Legislativos,
em particular o nosso, em Porto Alegre. Fica aqui, em meu nome e em nome da
Verª Fernanda Melchionna, esse reconhecimento, esse registro, esse elogio a essa atuação; essa alegria de
podermos juntos comemorar seus 78 anos. Em relação ao Jornal do Comércio, todos nós temos absoluta unanimidade. Um
abraço! Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Elói
Guimarães está com a palavra em Comunicações.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Srª Presidente, Verª
Sofia Cavedon; Sr. Mércio Tumelero, Diretor-Presidente do Jornal do Comércio;
Sr. Diretor Luiz Borges, Sr. Pedro Maciel, Sr. Luiz Guimarães, Sr. Guilherme
Kolling, Sr. Roberto Brenol Andrade, Sr. Cristiano Vieira e jornalistas já aqui
mencionados, este é um momento importante em que, por Requerimento do eminente
Ver. João Dib, se presta esta homenagem ao Jornal do Comércio, que tem uma
história de retidão, é um prumo. Eu, às vezes, fico a imaginar o quão difícil
é, com todo esse processo competitivo, ser um prumo, um verdadeiro prumo da
comunicação, trazendo à sociedade, de forma imparcial, os seus momentos, o seu
cotidiano, as suas contradições, os seus interesses. Não é fácil ter essa linha
inquebrantável!
Como já mencionado
pelo Ver. Ferronato, estou expressando o pensamento do PSB e eu o faço também
em nome do meu Partido, em nome dos Vereadores Alceu Brasinha, Nilo Santos, DJ
Cassiá e Nelcir Tessaro, ou seja, a Bancada trabalhista quer homenagear o
Jornal do Comércio, que tem, por assim dizer, um grande radar, porque ele, nas
suas páginas, sintetiza o Estado, o Município, o País e o mundo, diversificando
nas mais diferentes questões.
Lembro ainda, Mércio,
que, advogado na Zona Norte já faz algumas décadas - seguras três décadas -, eu
tinha assinatura do Jornal do Comércio, também outros advogados, escritórios, a
OAB, exatamente porque é um informativo de credibilidade. Como salienta o Ver.
Pedro Ruas, o Jornal do Comércio é um prumo, e como é difícil ser um prumo numa
sociedade em disputa, numa sociedade de contradições de interesses, neste
mercado tremendamente competitivo! Mas o Jornal do Comércio vem seguindo a sua
história de grandeza, de bem informar, fazendo lembrar as figuras de seus fundadores.
Parece que estou
vendo, aqui junto, a Dona Zaida Jarros, sem deixar de falar no Jenor Jarros, o
fundador. A Dona Zaida, Ver. João Dib, era uma figura aqui da Câmara, era algo
extraordinário! Eu não conheço - quero dar este depoimento de alguém que tem
oito mandatos -, não me lembro de alguém que teve tanta simpatia como a Dona
Zaida. A Dona Zaida chegava aqui, e a Casa parava para abraçar e ser beijada
pela Dona Zaida. Então, é uma lembrança dessa magnífica figura humana, desse
ser humano.
Eu quero, mais uma
vez, reiterar os nossos agradecimentos, os agradecimentos da Bancada do PTB e
do PSB a este jornal, que cumpre um papel relevante. O Jornal do Comércio
contou a história integral do Estado do Rio Grande do Sul, da Cidade e do País
nesses setenta e poucos anos. Então, é algo extraordinário, por isso a Casa
hoje está cumprindo um papel notável e importante, que é exatamente saudar e
homenagear o nosso Jornal do Comércio, que tanto trabalho e tanta dedicação
presta ao nosso povo, à nossa gente e, de resto, a toda a cidade de Porto
Alegre. Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ver.
Elói Guimarães.
O Ver. Mauro Pinheiro
está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Carlos
Todeschini.
O SR. MAURO PINHEIRO: Srª Presidente, Verª
Sofia Cavedon; Sr. Tumelero, do Jornal do Comércio, eu falo aqui em nome da
Bancada do Partido dos Trabalhadores, em tempo cedido pelo Ver. Carlos
Todeschini. Em primeiro lugar, quero parabenizar o Ver. João Antonio Dib por
sua iniciativa, pela autoria da homenagem. Nós, Vereadores, temos uma grande
admiração pelo trabalho isento do Jornal do Comércio; sem dúvida nenhuma, é um
jornal que todos os dias divulga as principais notícias sem se preocupar com
anunciantes, mas sim com a realidade da Cidade. Nós, Vereadores, temos, diariamente, conforme o Ver. Pedro Ruas mencionou, a oportunidade de ver
que aquele debate que acontece na Casa está sempre noticiado no Jornal do
Comércio. É um jornal isento que mostra a realidade da
Cidade, sempre privilegiando este Parlamento, colocando as nossas iniciativas,
os nossos debates. Então, nós só podemos agradecer ao Jornal do Comércio por
todo o trabalho que tem prestado a nós, principalmente à cidade de Porto Alegre
e ao Estado, dessa forma isenta.
Como nós temos pouco
tempo, Sr. Tumelero, nós dividimos este tempo, pois toda a nossa Bancada
gostaria de externar a nossa alegria de estar prestigiando o Jornal do
Comércio, então cada Vereador vai falar um minutinho.
A Srª Maria Celeste: Vossa Excelência
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigada ao Ver. Mauro; obrigada
ao Ver. Todeschini, hoje era ele que teria direito a falar no período de
Comunicações. Dr. Tumelero, é uma honra estar aqui mais uma vez homenageando
não apenas a sua figura, como Diretor-Geral, mas toda a
direção do Jornal do Comércio, os colunistas, os funcionários, jornalistas,
toda equipe, especialmente a equipe de política, que faz uma cobertura aqui,
primeiro, por intermédio da Fernanda, nesta Legislatura, e agora pelo Marcus,
com uma capacidade imensa de traduzir efetivamente os fatos políticos da Câmara
Municipal e da cidade de Porto Alegre com a verdade absoluta, com os espaços
dados de forma equilibrada e equânime dos dois lados da notícia. Isso é o mais
importante no processo de democracia que vivemos na cidade de Porto Alegre,
especialmente na parte da política.
Quero salientar
também o espaço que todos os Vereadores têm e podem ocupar através das
iniciativas da publicação dos textos, dos artigos que são encaminhados ao
Jornal do Comércio. E ressalto também aquela coluna publicada diariamente com
uma frase de cada Vereador e Vereadora desta Casa. Agradecemos especialmente em
nome da Bancada do PT e desta Vereadora esse espaço tão grandioso e de uma
oportunidade imensa para todos os Vereadores da Cidade. Muito obrigada.
O Sr. Aldacir José Oliboni: Vossa
Excelência permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre colega Ver. Mauro
Pinheiro, eu também quero compartilhar deste momento dos 78 anos de história e
dizer ao meu conterrâneo Mércio Tumelero que continue assim, porque, se no
passado o Jornal do Comércio surgiu como um jornal de balcão, hoje é um jornal
que alcança todos os cidadãos com uma notícia, com uma informação muito
precisa, algo que muitos dos outros jornais não conseguem fazer. Com certeza, o
Jornal do Comércio é uma referência para nós, Vereadores, para a Câmara, para a
Cidade e para a cultura e informação. Parabéns!
O Sr. Engenheiro Comassetto: Vossa
Excelência permite um aparte? (Assentimento do orador.) Na pessoa do Sr.
Tumelero, deixo um grande abraço a toda equipe do Jornal do Comércio. Gostaria
de não só ratificar, mas de dizer que, no tema da construção da Cidade,
principalmente no debate que tivemos do Plano Diretor, o Jornal do Comércio
esteve presente e fiel, trazendo essa necessidade de provocar o futuro da
Cidade. Um grande abraço, bom trabalho!
O Sr. Adeli Sell: Vossa Excelência
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Quero desejar, Tumelero, vida
longa ao Jornal do Comércio, um jornal que tem opinião, que, antes de mais
nada, ouve e publica aquilo que de fato as pessoas dizem. Isso é importante,
isso faz a diferença na Cidade. Muito obrigado.
O SR. MAURO PINHEIRO: Mais uma vez,
queremos parabenizar o Ver. João Antonio Dib pela iniciativa, o Jornal do
Comércio, todas as pessoas que levam essa notícia. Parabéns à Fernanda, ao
Marcus, que estão presentes todos os dias na Câmara, e a todos do Jornal do
Comércio que têm levado a notícia importante e de forma sempre isenta. Parabéns e
vida longa ao Jornal do Comércio! Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Dr. Raul Torelly está com a palavra em
Comunicações.
O SR. DR. RAUL
TORELLY: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, com muita satisfação hoje estamos aqui recebendo o Jornal do
Comércio, representado aqui pelo seu Diretor-Presidente, o Sr. Mércio Tumelero,
e toda a sua diretoria. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.)
Ressaltamos o jornalismo e os jornalistas do Jornal do Comércio através da
Fernanda Bastos, do Marcus Vinícius, também do Fernando Albrecht, uma figura da
nossa Cidade que realmente representa muito bem a expressão política do nosso
Estado. Quem não abre o Jornal do Comércio e se depara inicialmente com a
coluna do Fernando Albrecht, isenta, cheia de informações? Coluna que nos
serve, muitas vezes, até de pauta para algumas iniciativas. Falo em nome da
Bancada o PMDB, do nosso querido Ver. Bernardino Vendruscolo, Líder da Bancada,
que inclusive tem um episódio com o Fernando Albrecht que ficou na memória, em
que, após uma pescaria - não é, Ver. Bernardino? -, colocou na mesa do Fernando
Albrecht um peixe dourado. E, Ver. Bernardino, eu lhe darei um aparte para nos
dizer de quantos quilos.
O Sr.
Bernardino Vendruscolo: Obrigado pelo
aparte. Aproveito para cumprimentar a todos. Na verdade, alguém mandou uma
fotografia de uma pescaria que fizemos no Pantanal, de um surubim, e o Fernando
ficou um mês me corneteando - esse é o termo exato -, até que eu lhe prometi um
dourado. Fomos pescar em Iraí, pesquei um dourado e liguei para o Fernando:
“Estou saindo de Iraí, aguarde-me, estarei chegando às 18 horas”. Cheguei às
18h15min, e o Fernando havia ido embora. Os seguranças do Jornal resistiram e
não me queriam deixar entrar. Mesmo assim, peguei o dourado, botei nas costas e
larguei em cima da mesa do Fernando Albrecht. Acho que os mais antigos sabem
desse episódio, o Fernando está até hoje falando para os amigos que eu comprei o
dourado. Essa é a injustiça que ele fez comigo.
O SR. DR. RAUL
TORELLY: Com certeza, o Jornal do Comércio é pródigo em episódios como esse, que
valorizam a sua existência, inclusive, no nosso Estado. E a Bancada do PMDB,
que aqui é representada por mim e pelos Vereadores Idenir Cecchim, Professor
Garcia, Sebastião Melo e Haroldo de Souza, tem a mesma sensibilidade no sentido
de agradecer o trabalho que é feito pelo Jornal do Comércio, muito
especialmente valorizando a nossa política local.
O Sr. Idenir
Cecchim: Vossa Excelência permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado,
Ver. Dr. Raul Torelly. Cumprimentando a Presidente, quero cumprimentar o nosso
Mércio Tumelero e todos aqueles que fazem o Jornal do Comércio todos os dias.
Quero dizer que eu tenho uma passagem: eu vim lá de fora, de Ibiraiaras, que é
bem vizinho de Sananduva, e fui trabalhar na Construtora Tedesco, que, na
época, estava construindo o Jornal do Comércio. E todas as semanas eu ia até o
Jornal do Comércio levar ou buscar algum documento. Desde então, eu tenho muito
carinho pelo Jornal do Comércio e tenho a felicidade de ter lá grandes amigos.
Como empresário que sou, considero o Jornal do Comércio a nossa bíblia do dia a
dia. Aquilo que está estampado no Jornal do Comércio é a verdade econômica
traduzida para os seus leitores a cada manhã, a cada dia, a cada ano. Meus
cumprimentos por mais este ano do Jornal do Comércio, cumprimentos ao Ver. Dib
pela proposição e a todos que fazem este grande jornal todos os dias, a minha
saudação e o meu muito obrigado. (Palmas.)
O SR. DR. RAUL
TORELLY: Para concluir, saudamos a grande iniciativa do Ver. João Antonio Dib,
que, com certeza, tem a sua vida há muitos anos ligada também ao Jornal do
Comércio. Eu me lembro da minha infância, da Dona Zaida Jarros, que fez um
trabalho benemerente imenso nesta nossa Cidade. Então, eu gostaria de deixar um
grande abraço a todos e longa vida ao nosso Jornal do Comércio! (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Toni Proença está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Elias Vidal.
O SR. TONI PROENÇA: Srª Presidente, Verª
Sofia, trata-se de uma apropriação indébita, já que o Ver. Elias não está aqui,
será uma concessão ad referendum.
Quero cumprimentar todas as Vereadoras e todos os Vereadores, senhoras e
senhores e saudar de uma maneira muito especial o Diretor do Jornal do
Comércio, o Sr. Mércio Tumelero, demais Diretores e Editores que nos honram com
a presença. Gostaria de fazer uma saudação muito especial ao Marcus e à
Fernanda, que convivem conosco no dia a dia da Câmara, fazendo a cobertura para
o Jornal do Comércio, e também ao Armando Burd, que nos visita. Quero dizer, em
nome da Bancada do PPS, deste Vereador e dos Vereadores Elias Vidal e Paulinho
Rubem Berta, que é uma satisfação saudar os 78 anos do Jornal do Comércio.
Fico muito feliz,
Ver. João Dib, por Vossa Excelência ter proposto esta homenagem ao Jornal do
Comércio, que é um jornal tradicional sem ser conservador e que reafirma, todos
os dias, os valores do Rio Grande, os valores do povo de Porto Alegre. Dedica
boa parte de suas páginas, de suas matérias, não só a cobrir a Câmara, como
todos os que me antecederam aqui salientaram, mas também a cidade de Porto
Alegre, a informar a cidade de Porto Alegre, a debater com a cidadania de Porto
Alegre os problemas, as soluções, a divulgar o que pensa a gente de Porto
Alegre, o que pensam os seus representantes acerca de seus problemas. É muito
importante para a democracia, para nós, que lutamos tanto por ela... Para
sustentar a democracia, nós temos três eixos fundamentais: a geração de
direito, a aceitação de conflitos e a difusão do conhecimento. O Jornal do
Comércio atua nos três eixos. Ele debate e, através de suas matérias, gera novos
conceitos que originam novos direitos. Também aceita os conflitos, por ser um
jornal isento, igual e plural, aceita os conflitos para que a sociedade os
debata. Por fim, o que é a sua maior especialidade, a sua maior virtude:
difunde conhecimento.
A Srª Fernanda Melchionna: Vossa
Excelência permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigada, Ver. Toni
Proença. Eu fiz questão de vir aqui homenagear o Jornal. Primeiro, quero
reiterar, Sr. Tumelero, as palavras do nosso líder, o Ver. Pedro Ruas, que, em
nome do PSOL, fez a saudação ao Jornal do Comércio, mas eu não poderia me furtar de
parabenizá-los pelos 78 de história do Jornal. Saudando o Guilherme Kolling -
nós nos conhecemos há um bom tempo -, saúdo os editores que estão presentes e
os excelentes jornalistas Fernanda e Marcus, que, de fato, têm uma capacidade
de síntese dos bons debates produzidos nesta Câmara, algo fenomenal e que tem
que ser louvável, de púlpito, neste microfone. Nós nos colocamos,
evidentemente, à disposição. Parabenizamos a iniciativa do espaço plural que é
o Jornal do Comércio para a nossa Cidade, assim como parabenizamos o Ver. João
Antonio Dib, o decano desta Casa, pela homenagem, e eu, como a mais jovem
Vereadora, também venho aqui reconhecer os méritos do trabalho do Jornal do Comércio.
Obrigada, Ver. Toni.
O SR. TONI
PROENÇA: Obrigada, Verª Fernanda Melchionna, pelo aparte. Com o aparte do Verª
Fernanda, por se tratar de uma apropriação indébita, a gente tem que fazer uso
muito rápido para não ser percebido. Um abraço e parabéns ao Jornal do
Comércio.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Manifestas todas as homenagens dos nossos
Vereadores e Bancadas, nós, neste momento, faremos a entrega do Troféu Câmara
de Porto Alegre, também uma proposta do Ver. João Antonio Dib, ao Jornal do
Comércio. Sendo ele o autor e por deferência, com certeza, do Mércio, nós vamos
para lá, para que o próprio Ver. Dib faça a entrega do Troféu neste momento ao
Jornal do Comércio.
(Procede-se à entrega do Troféu Câmara de Porto
Alegre.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Dr. Mércio
Tumelero está com a palavra, representando o nosso homenageado pelos seus 78
anos de fundação, o Jornal do Comércio, que recebe o nosso carinho pelo
aniversário no dia de amanhã.
O SR. MÉRCIO TUMELERO: Srª Presidente, Srs.
Vereadores, Sras Vereadoras. (Saúda os
componentes da Mesa e demais presentes.) Meu caro Ver. João Antonio Dib, quero
dizer que foi um momento emocionante para nós, pois sentimos o depoimento de
cada um dos Vereadores, foi algo que realmente nos emocionou bastante.
O Dr. João Dib é um
pouco suspeito, porque ele conhece o jornal mais do que eu! Uma coisa que se
notou é que todos aqui têm um carinho muito grande pelo Jornal do Comércio,
desde o decano até a mais jovem Vereadora, e nós ficamos extremamente felizes
com o que ouvimos, com o que escutamos, porque nós estamos investindo bastante no Jornal
do Comércio. Está-se fazendo um trabalho muito forte, algo que vocês devem
estar acompanhando, investindo em todas as áreas, desde a área de pessoal até
as instalações. O nosso produto está cada vez melhor não graças a mim, mas à
nossa equipe. Nós temos uma equipe de primeiríssima linha, e isso é o que,
realmente, faz o Jornal. Nós estamos lá procurando fazer o nosso trabalho e
temos conseguido um retorno muito grande. Para se ter uma ideia, no ano passado
nós ganhamos mais de 40 prêmios de entidades, prêmios de alta qualidade, pelo
trabalho que a gente tem feito e vem fazendo. Então, é uma alegria muito grande
receber todas essas homenagens.
Eu me preparei um pouquinho para falar também sobre
o Jornal (Lê.): “Poucos jornais na história da imprensa brasileira chegaram aos
78 anos de veiculação ininterrupta, marco que o Jornal do Comércio comemora com
muito orgulho neste ano de 2011. Fundado em 1933 por Jenor e Zaida Jarros, ao
longo de sua trajetória o Jornal do Comércio não poupou esforços em
modernizar-se, acompanhando os últimos avanços tecnológicos, atualizando as
formas de produção, de conteúdo e proporcionando qualificação ao seu corpo
funcional, porém sem perder de vista o comprometimento com a verdade, com a
informação correta e com a credibilidade, que é o nosso maior patrimônio. Temos
plena consciência de que o peso da longevidade e da tradição nos impõe um
sentido de responsabilidade maior: a relação de confiança que temos hoje com a
comunidade está vinculada à independência e isenção com as quais tratamos as
notícias.
“Ao longo dos anos, seguimos uma linha editorial na
qual reafirmamos nossa posição de fazer jornalismo independente e cada vez mais
útil e sintonizado com nossos leitores. Isso significa tratar a notícia com
isenção e profundidade, significa produzir conteúdo desvinculado de quaisquer
comprometimentos comerciais ou políticos. Mantemos um jornal pluralista, aberto
às várias correntes de opinião, defendemos a
democracia, a liberdade de imprensa e acreditamos na iniciativa privada e no
empreendedorismo como forças indispensáveis ao desenvolvimento econômico e
social do País.
“Quero registrar que
para toda a equipe do Jornal do Comércio é motivo de muito orgulho recebermos
esta homenagem da Câmara de Vereadores, principalmente por ser uma homenagem
encaminhada pelo decano dos Vereadores, nosso querido João Dib, um Vereador de
uma vida pública exemplar, e tantas foram as suas realizações. Nascido em
Vacaria, em 1929; iniciou na Prefeitura de Porto Alegre como topógrafo, no
então Serviço de Habitação Popular, em 1952. Depois foi Fiscal de Administração
da Limpeza Pública em 1954. Gradativamente João Dib foi praticamente tudo na
Prefeitura. Após se graduar como Engenheiro, foi assessor, várias vezes
Secretário, Prefeito e há 40 anos é Vereador - um vacariano que ama Porto
Alegre.
“Senhora Presidente,
Verª Sofia Cavedon; meu caro João Dib e caros Vereadores, esta homenagem nos
sensibiliza sobremaneira, e nós a encaramos como um reconhecimento ao nosso
trabalho ao longo de 78 anos acompanhando o dia a dia desta Cidade, que amamos
tanto; acompanhando o dia a dia do trabalho desta Casa, que presta tão
relevantes serviços à nossa comunidade. A Câmara Municipal, com seus mais de
200 anos, é seguramente uma das instituições mais sólidas e tradicionais de
Porto Alegre. O Legislativo, que faz parte da história desta Cidade, foi e é
decisivo para o desenvolvimento e consolidação das regras, atividades e
políticas públicas do Município. Portanto, Srs. Vereadores, recebermos o Troféu
Câmara Municipal de Porto Alegre é motivo de muito orgulho para toda a equipe
do Jornal do Comércio”. Em nome da Diretoria, do Conselho e de todos os componentes
do nosso Jornal do Comércio, eu quero fazer um agradecimento especial.
Quero dizer e
reiterar que estamos e estaremos sempre na defesa das grandes causas da
cidade de Porto Alegre, junto com a Câmara Municipal. Muito obrigado a todos.
(Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Não podia ser outra a fala senão essa significativa
do Mércio Tumelero. Eu quero encerrar este momento dizendo ao conjunto dos
Diretores e a toda a equipe do Jornal do Comércio que é muito importante - o
que todos os Vereadores aqui frisaram - a seriedade com que o Jornal do
Comércio trata a notícia e este Parlamento, porque nós temos certeza de que o
Brasil vem evoluindo, melhorando, em função da democracia, por viver a
democracia. Quando o Parlamento é respeitado, nós temos a possibilidade do
aprimoramento da democracia. O Parlamento é respeitado mesmo quando criticado,
principalmente quando colocado nas suas contradições, mas de uma maneira séria
e não de uma maneira a se aproveitarem os factoides, o que não é o mais
importante na política. Então, de fato, é uma homenagem emocionada desta Câmara
a este Jornal. Nós queremos que ele seja cada vez mais forte, cada vez mais
querido pelo Estado do Rio Grande do Sul, lido e relido, para que a democracia
avance, para que todos nós tenhamos mais qualidade de vida. Parabéns e muito
obrigada pela existência do Jornal do Comércio! Ver. João Antonio Dib, muito
obrigada por oportunizar este momento na Casa e esta justa homenagem! Estão
suspensos os trabalhos para as despedidas.
(Suspendem-se os trabalhos às 14h54min.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 15h01min): Estão reabertos os trabalhos.
A
Verª Fernanda Melchionna está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela
oposição.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Srª Presidente, colegas Vereadoras e Vereadores, eu
queria agradecer ao Líder da oposição, o Ver. Mauro Pinheiro, pela cedência do
tempo, obrigada. O ano de 2011 mostra que o mundo, de fato, está mudando. Não é
à toa que nós começamos o mês de janeiro com uma revolução no mundo árabe que
derrotou uma ditadura na Tunísia, fruto da mobilização dos jovens, dos
trabalhadores, da população e das mulheres daquele País. No Egito,18 dias de
mobilização derrotaram uma ditadura de 30 anos, Ver. Toni Proença. E agora,
Ver. João Antonio Dib, tivemos a recente mobilização na Espanha, que, em meio
ao dia das eleições municipais, colocou a juventude em mobilizações
multitudinárias, junto com os trabalhadores, no centro das principais capitais
espanholas, lutando contra o plano de austeridade, contra a retirada de
direitos do povo trabalhador da Espanha.
Em medida diferente, evidentemente, nós estamos
vendo a luta aguerrida dos municipários e das municipárias aqui na cidade de
Porto Alegre, colocando a mobilização na ordem do dia, para enfrentar um
governo que tem sido intransigente. Um governo que tem sido autoritário e que
não tem, Ver. Pedro Ruas, respondido às principais demandas daqueles que estão
na ponta dos serviços públicos municipais. No dia 14 de abril - nós estivemos,
inclusive, na assembleia dos Municipários - foi votada a pauta de reivindicação
dos trabalhadores da Prefeitura, dos trabalhadores municipais. A Prefeitura não
respondeu a essas reivindicações, colocando aquilo que já está na lei como
elemento de barganha ou de tentativa de negociação, que, na prática, não houve.
O percentual de 6,5% é a inflação, é lei aprovada pelo Parlamento municipal, é
obrigatório ser concedido aos municipários, uma vez que eles tiveram a retirada
da bimestralidade. Ver. Pedro Ruas, os 11,4% somam as perdas salariais desses
trabalhadores nos últimos dez anos; são 11,4% de diminuição de poder
aquisitivo, enquanto a inflação toma medidas galopantes. O preço da gasolina, o
preço dos alimentos, o preço de todos os bens de consumo necessários para a
população dão um salto, enquanto o salário dos trabalhadores está arrochado.
Além disso, na Prefeitura, nós temos os
trabalhadores do Padrão 2, os operários que trabalham sob chuva e sob sol na
cidade de Porto Alegre, cidadãos que nem sequer, Ver. Pedro Ruas, ganham um
salário mínimo. O salário básico dos trabalhadores, dos operários do Padrão 2 é
inferior ao salário mínimo. Temos uma Guarda Municipal que está nas periferias
do nosso Município que nem sequer ganha adicional de risco de vida e batalha
para ir do Padrão 3 para o Padrão 7. Os trabalhadores, diante de tanta
intransigência, estão fazendo uma paralisação, que, aliás, está muito forte. Eu
estive, hoje de manhã, em frente ao Hospital Pronto Socorro e vi aqueles
trabalhadores aguerridos, que fazem muito com muito pouco, com falta de funcionários, com
falta até de eletrocardiógrafo - não há um eletrocardiógrafo funcionando agora
no Pronto Socorro de Porto Alegre! E os trabalhadores estão lá para atender a
população. Houve a paralisação do Pronto Atendimento da Bom Jesus, a
paralisação do Postão da Cruzeiro do Sul e, também, a paralisação de 90% das
escolas municipais, porque, afinal, se existe algum responsável pelos serviços
públicos estarem parados, é a Prefeitura Municipal, que se recusa a garantir
uma verdadeira reposição salarial desses trabalhadores, um Plano de Carreira
que contemple as reivindicações da categoria, a valorização dos trabalhadores
do Padrão 2 e a recomposição de todas as perdas. A Prefeitura teve a displicência,
Verª Maria Celeste, de apresentar R$ 0,78 de aumento no vale-alimentação! O
Prefeito não sabe que R$ 0,78 não dá nem sequer para comprar uma água mineral
nos restaurantes da Cidade? Setenta e oito centavos para os trabalhadores que
estão na ponta do serviço público municipal!
Lamentavelmente, esta
tem sido a marca da Prefeitura: a terceirização, a precarização dos serviços;
aliás, a lentidão de muitas obras. Quanto tempo está em reforma o Túnel da
Conceição? Ou como estão as obras na Praça da Alfândega? Hoje mesmo, um
trabalhador terceirizado da Prefeitura sofreu um acidente e está na UTI do
Pronto Socorro, porque, lamentavelmente, a terceirização não respeita os
direitos trabalhistas; além de ser uma burla na maior parte dos direitos,
também é, como nós vimos na Prefeitura de Porto Alegre, via de regra, é uma
porta aberta para a corrupção, vide o
caso Sollus.
Então, parabéns à
mobilização dos municipários, que defendem a sua dignidade de trabalhadores;
parabéns à mobilização dos municipários, que defendem o serviço público de
qualidade; parabéns à mobilização dos municipários, porque só a nossa luta vai
garantir a melhoria dos serviços públicos municipais!
(Não revisado pela
oradora.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João
Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidente, Verª
Sofia Cavedon; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, eu
quero dirigir-me ao Ver. Carlos Atílio Todeschini dizendo que eu poderia pensar
que ele é um apedeuta, no entanto eu sei que ele não é, mas posso afirmar com
convicção que assim procedeu quando analisou o meu procedimento de
quinta-feira. E mais ainda: ele foi antiético ao criticar um Vereador que não
estava presente no Plenário. Depois, em matéria de presença, eu posso fazer uma
disputa com o Vereador para saber se ele fica mais tempo que eu no Plenário,
ou se ele comparece a mais Sessões do que eu nesta Casa do Povo de Porto
Alegre. Portanto, eu acho que ele se equivocou de forma desagradável, e não é a
maneira de ser dos Vereadores, porque nós respeitamos quando o Vereador não
está: não votamos o Projeto, não votamos o Requerimento e muito menos
criticamos um Vereador que não está.
Na realidade, na quinta-feira, eu falei, depois de
esperar uma hora no período da Tribuna Popular, que foi além do permitido, além
do imaginado, e eu tinha que me retirar, porque tinha hora no médico. Mas isso
é uma exceção, o que não acontece com o Ver. Carlos Atílio Todeschini, que
muitas vezes está presente no painel, mas não no Plenário. Agora, eu sou
daqueles que chegam no início da Sessão e saem no final, eu venho a todas as
Sessões, não há representação aqui ou ali, nada disso; eu sou Vereador de Porto
Alegre em tempo integral.
E dizer que eu me aproveitei da revolução...! É
brincadeira, não é ético, não é bonito, porque eu tenho um passado de servidor
público municipal e sempre disse que por vocação, formação e convicção. Eu
passei a ser servidor público para servir à cidade de Porto Alegre; nunca me
servi das diferentes posições que ocupei na Prefeitura. Nunca, jamais! Sempre
trabalhei com a porta aberta. Por todos os lugares por que passei deixei uma
marca de pessoa educada, uma marca de pessoa que respeitava, que não usou, de
forma nenhuma, os serviços que dirigiu. Será que o Ver. Todeschini pode dizer a
mesma coisa? Pois saiba o Ver. Todeschini que o meu sonho foi servir a cidade
de Porto Alegre, e esse sonho, até 31 de dezembro de 2012, eu pretendo
continuar realizando, porque é sonhando coisas boas que se podem produzir
coisas boas. E não há necessidade de tentar diminuir alguém para crescer; nós
crescemos pelo nosso trabalho, pela nossa seriedade, pela nossa
responsabilidade e pela nossa dignidade. Não há necessidade de criticar e de
forma antiética, principalmente. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. DJ Cassiá está com a palavra em
Comunicações.
O SR. DJ
CASSIÁ: Srª Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, Verª
Fernanda, eu estava aqui - assim como a minha Bancada - prestando atenção ao
seu pronunciamento, feito por muitas razões. Vereadora Fernanda, sou uma pessoa
que sempre vai defender a classe trabalhadora, como também defendo aquele
empresário que contribui para o desenvolvimento do País. Não posso só defender
um lado, tenho que defender os dois lados do bem. Agora, Ver. Pedro Ruas, o
salário mínimo no País é uma desgraça - desculpem-me a expressão. Como é que
você vai alimentar, dar educação, com um salário desses?
Nós vivemos uma defasagem no salário dos
trabalhadores do nosso País; é uma desigualdade. Bom, hoje, o municipário está
reivindicando, pedindo 18%. Esses 18%, Ver. Pedro Ruas, são uma herança também
de outros Governos! Herança de outros Governos! Ver. Nilo Santos, esses 18%
fazem parte de uma herança de outros Governos, mesmo do Governo de alguns
Partidos que agora defendem os 18%. Quando estavam no Governo, Ver. Pedro Ruas,
não defenderam a reposição. Claro, eu consigo entender, Ver. Pedro Ruas e Verª
Fernanda Melchionna, eu consigo entender, mas prefiro não entrar nessa
discussão.
Agora, Ver. João Antonio Dib, vou falar só de uma
área, a área da Educação municipal. Vereadora Fernanda,
no primeiro ano do meu mandato aqui, eu fui Presidente da Comissão de Educação,
e a senhora foi a Vice-Presidente. E voltei, agora, para a área da Educação. Eu
não estou aqui dando um depoimento do que li no jornal, do que assisti pela
televisão e do que me falaram; eu estou dando aqui um depoimento de que o
Governo de José Fogaça e agora o do Fortunati fizeram uma revolução em Educação.
Uma revolução em Educação!
E digo mais: um
professor do Município ganha R$ 4.900,00. Ver. Tarciso, isso é muito? Não, não
é muito, um professor merece muito mais, muito mais do que isso! Mas quero
dizer para o senhor, Ver. Tarciso, que ainda é um dos maiores salários do País.
E, na área da Educação, salvo melhor juízo, Ver. Tarciso - o senhor é da
Comissão de Educação -, não há dificuldades no Município como há no Estado
quanto à manutenção, enfim. Eu quero aqui dizer que reivindicar é um direito de
todos. Agora, o que eu não consigo entender são aqueles que já estiveram no
Governo - por muito tempo estiveram -, não fizeram reposição e hoje vem ao
microfone pedir reposição. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Luciano
Marcantônio está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver.
Dr. Thiago Duarte.
O SR. LUCIANO MARCANTÔNIO: Presidente
Sofia Cavedon, colegas Vereadores, cidadãos, cidadãs, principalmente a
sociedade que está nos assistindo pela TVCâmara e que necessita estar muito bem
informada sobre o encaminhamento que a Prefeitura tem construído em relação à
interlocução que visa o reajuste salarial dos nossos servidores.
Sempre ocorreu na gestão Fogaça, e foi dada
continuidade com a gestão do Prefeito Fortunati, a reposição salarial, a
qualificação profissional com o Plano de Cargos e Salários. Toda essa pauta
importante para a melhoria dos serviços públicos em nosso Município vem sendo
tratada pelos Governos Fogaça e Fortunati com todo o respeito, a
responsabilidade e a maturidade, junto ao Simpa, que é o Sindicato que
representa os nossos municipários.
E agora, na nova rodada de discussões, a atual
proposta avança muito em relação ao que já aconteceu, principalmente, nas
gestões do PT aqui em Porto Alegre. Porto Alegre tem uma média salarial - e o
Ver. DJ Cassiá colocou com muita clareza - muito acima da média de todas as
Capitais do Brasil, principalmente no setor que hoje está mais paralisado, que
é o dos profissionais da Educação. Aqui no Município ganham exatamente R$
4.931,20, sendo que os que estão lotados no Estado têm que trabalhar por mais
de dez anos, vinte horas semanais, para receberem R$ 800,00 de salário, e os
que trabalham quarenta horas semanais ganham R$1.000,00. Nós estamos falando de
uma média salarial de R$ 5.000,00 para o professor do Município. E sabemos o
quanto é difícil conciliar o Orçamento do Município com o reajuste salarial dos
servidores, mas não podemos confundir desejo com realidade. A proposta que o Prefeito
Fortunati encaminhou para o Simpa vai ao encontro de quem valoriza muito o
funcionalismo público municipal, vai ao encontro de quem quer um funcionalismo
cada vez mais valorizado, prestigiado e motivado; para que o nosso serviço
público básico funcione e para que as grandes obras aconteçam dentro do prazo
de que toda a Porto Alegre precisa.
Agora, o que nós não podemos - e é um erro grave,
Presidente Sofia, que vejo alguns políticos cometerem nessa discussão - é
partidarizar, de forma irresponsável, esse diálogo maduro a que o Prefeito
Fortunati se propõe, em conjunto com o Secretário Busatto, para construir uma
saída digna aos nossos municipários. E hoje nós vimos gestos dessa
partidarização, hoje nós estamos antecipando a eleição. E isso não é bom para
Porto Alegre, e isso não é bom, Presidente Sofia, para o serviço básico de
Porto Alegre. Bancada, digna e honrada do PT: não é bom para Porto Alegre que
esse debate seja partidarizado! Não é bom para o PT, não é bom para o Prefeito
Fortunati e é muito pior para o cidadão de Porto Alegre! Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Passamos ao
O Ver. Sebastião Melo está com a palavra em Grande
Expediente.
O SR.
SEBASTIÃO MELO: Caríssima Presidente, meus colegas Vereadores,
minhas colegas Vereadoras, são muito os assuntos, mas eu não posso deixar de
fazer uma breve manifestação sobre o que está acontecendo na Casa Civil do
Governo Federal. E a minha manifestação não é de prejulgamento, acho que todos têm direito à defesa, mas começo esta fala com uma
rápida pesquisa que fiz, em que descobri que Walter Torre é proprietário de uma
das maiores construtoras, cujo patrimônio constrói hoje quatro bilhões de
reais. Veja, Ver. Dib, questionado sobre o Palocci, Walter Torre Júnior,
Presidente do grupo WTorre, elogiou, em seu perfil do Twitter, a assessoria que
recebeu de Palocci. Torre também explicou no site o vínculo de sua construtora com a consultoria Projeto, da
qual o Ministro tem 99,9% da sociedade: “Contratei a sua assessoria técnica
para vir ao escritório toda última sexta-feira do mês, quando dava a sua
opinião sobre o mercado e sobre as alternativas para toda a minha diretoria e,
algumas vezes, para clientes e amigos da minha companhia”.
Com todo o respeito,
isto aqui não é consultoria, isto aqui pode ter qualquer outro nome menos
consultoria. Isto nos remete, Srs. Vereadores, a outros tempos, porque as
coisas não aconteceram agora: em 2004, Ver. Toni Proença, o senhor lembra do
escândalo do Waldomiro Diniz, da Casa Civil? Em 2005, veio o “mensalão”, também
da Casa Civil. Agora, o Ministro Palocci não consegue - e não conseguirá -
declarar 22 milhões dessa maneira! O PT está num silêncio enorme sobre isso.
Quero dizer, Srª Presidente, que isso tem repercussão. O Congresso Nacional
precisa votar uma Reforma Política, mas, por causa dessas coisas, não vai
votar; o Congresso Nacional tem que votar um Código Florestal que não seja a
favor da motosserra e que também não seja a favor dos xiitas. O Rio Grande do
Sul tem centenas de milhares de produtores rurais que dependem da votação dessa
matéria, porque está-se esgotando o prazo da reserva legal. Então, isso tem
consequência, porque o Congresso Nacional não vai conseguir enfrentar as suas
pautas quando o homem mais poderoso, depois da Presidente da República... E não
estou fazendo prejulgamento, acho que todos têm direito à defesa, não estou
fazendo prejulgamento, mas que é grave é grave. E mais grave é quando eu vejo o
Maluf, do alto da sua sapiência, dizer o seguinte: “O Palocci é inocente!” Isto
quem disse foi o Maluf!
Portanto, eu não
poderia deixar de fazer este registro, também porque eu vejo aqui na Folha de
São Paulo (Lê.): “Ministro da Justiça reafirma que PF não vai investigar
Palocci”. Ver. Braz, num país republicano até Diretor do FMI vai para a cadeia.
Agora, aqui não! Se é o João Mané, ele vai para a Papuda, vai para o Presídio
Central e vai no camburão. Agora, aqui não. O Ministro da Justiça da República
Federativa do Brasil diz que não investiga Ministro, mas tem que investigar
Ministro de qualquer partido, inclusive do meu! Com todo o respeito, eu acho
que a Presidenta Dilma está indo bem, eu acho que ela pegou um Governo e sabia
do tranco que ia enfrentar, um Governo que gastou mais do que podia para ganhar
a eleição, mas ela está fazendo do seu jeito, com a sua singeleza. E eu acho
que o Ministro Palocci contribuía enormemente para este País; ele, que já é
reincidente, que já teve problemas com a coleta de lixo em Ribeirão Preto, que
teve problemas com o caseiro lá em Brasília quando era Ministro da Fazenda. Mas
agora, cá para nós, não tem justificativa. Não tem justificativa!
Eu gostei muito do
Governador Tarso Genro, Ver. Adeli. Hoje o Ver. Tarso Genro deu uma entrevista
para o Portal Terra, ele disse o seguinte (Lê.): “Pronto para embarcar para
Brasília, onde se reúne na manhã desta segunda-feira com outros líderes
estaduais do PT, o Governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, apontou, em
entrevista exclusiva para o Terra, que os ataques contra o Ministro-Chefe da
Casa Civil, Antonio Palocci, são ações legítimas da oposição: ‘Eles têm que
fazer esse tipo de fiscalização, mas, entre ser uma ação política e legítima
para cobrar do Ministro do governo algum tipo de informação e atribuir veracidade
a elas, há uma distância muito grande’ ”. Quer dizer, o
Tarso está dizendo aquilo que o bom senso manda dizer: investiguem! Por isso eu
não sei por que o PT está tão silencioso sobre esse assunto. Por isso, não
entendi até agora. Será porque as denúncias partiram de dentro do Partido dos
Trabalhadores?
Faço esse registro,
meus amigos, para fazer um relato da paróquia. Meus caros amigos, os senhores
sabem o quanto sou crítico dessa fúria legiferante do Brasil. Posso contar nos
dedos as leis que produzi nesta Casa, talvez não produza nenhuma mais até o
final do mandato - a não ser as protocoladas, estou falando de leis novas que
possa propor. Quero falar de uma saga, Líder Cecchim. Nós aprovamos aqui um
Projeto de Lei chamado Construção Legal, aplaudido por esta Casa, que vai
permitir que mais de cem mil pessoas regularizem os seus imóveis. Eu,
cautelosamente, antes de votar a matéria, recebi o Secretário Cássio, que me
pediu tempo e apresentou Emendas, que acolhemos; fato um. Fato dois: antes de a
lei ser sancionada, eu procurei o Prefeito Fortunati e sugeri a ele que
convidasse todos os órgãos que diziam respeito a essa matéria para termos uma
conversa e sabermos se, efetivamente, a lei era boa para a Cidade. Do
Procurador-Geral ao Secretário da SMOV, todos disseram que a lei era magnífica
e extraordinária. Assim, o Prefeito sancionou a lei.
Passaram-se quatro,
cinco meses, e a lei não foi regulamentada. Eu fui ao Prefeito perguntar o que
estava acontecendo, ele convidou os mesmos órgãos que recomendaram que ele
sancionasse a lei. O Prefeito deu dez dias, e eu disse a ele que era pouco
tempo; sugeri 15 dias. Os 15 dias se transformaram em um grupo de trabalho com
mais 60 dias. Por incrível que pareça, Ver. Mauro - eu vou dar os nomes, porque
acho que tem que dar -, a Srª Maria Cristina Cademartori, que é um cargo de confiança da SMOV, portanto tem chefia na SMOV, contestou a
lei que a Câmara aprovou, a lei que o Prefeito sancionou! E aí veio a
Procuradora Ana Lúcia, no mesmo diapasão. São os mesmos que foram lá dizendo
que a lei era maravilhosa, Ver. Dib! Será que é pecado, Ver. Haroldo, o cidadão
que fez um puxadinho, que fez meio metro a mais dentro do seu terreno,
regularizar o seu imóvel? Será que o cidadão que construiu 30 centímetros no
recuo do jardim, há dez anos, não pode regularizar o seu imóvel, pagando uma
multa e com um profissional do CREA assinando? O cidadão que construiu meio
metro para cima, com o engenheiro ou com o arquiteto assinando, pagando a
multa, ele não pode regularizar seu imóvel? Será que tem crime nisso?
Eu relato isso para primeiro preservar a figura do
Prefeito, que, aliás, é um grande Prefeito - atento, diligente, competente,
correto -, mas, cá para nós, alguma coisa está errada. Alguma coisa está
errada, porque não pode o Vereador aprovar uma lei com 100% da Câmara, ter dez
audiências com o Prefeito, todo mundo concordar, e, depois, dois ou três
servidores dizerem que não dá para regulamentar a lei!
O Sr. Idenir
Cecchim: Vossa Excelência permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver.
Sebastião Melo, V. Exª está se adiantando, por exemplo, ao levantamento
aerofotogramétrico, de tão importante que é a lei que V. Exª apresentou a esta
Casa, que foi aprovada, que foi sancionada, que foi estudada, que foi apreciada
junto a esses órgãos. Todos nós, eu inclusive, temos um pequeno puxadinho, ou
um pequeno erro do mestre de obras que, por exemplo, entortou o muro; há
pequenos erros e, com esta lei, grandes soluções. Estou solidário com V. Exª, é
uma lei importante para a Cidade, não é para um segmento, não é para uma camada
social, é para todas as camadas sociais. Portanto, não há envolvimento
econômico, classe social; é uma lei para a Cidade. Tem V. Exª a minha
solidariedade e a minha torcida para que a gente chegue a um denominador comum,
para que se faça valer projeto tão importante, que foi apresentado, aprovado e
sancionado, que partiu da Câmara de Vereadores, de um Vereador importante como
Vossa Excelência.
O SR.
SEBASTIÃO MELO: Muito obrigado.
O Sr.
Engenheiro Comassetto: Vossa Excelência permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Prezado Ver. Sebastião, V. Exª traz um tema importante para o
debate, e não é só o da regulamentação, também é o da aplicação da legislação.
Já que está tratando de uma lei sobre regularização dos imóveis, eu gostaria de
lembrar que nós aprovamos o Plano Diretor, e há uns 30 itens que têm que ser
regulamentados em seis meses, e já se passaram seis meses. Eu sugiro que a
Câmara faça uma convocação ou um convite ao nosso Secretário do Planejamento
para a prestação de contas da regulamentação do Plano Diretor, dos itens que
aqui aprovamos. Muito obrigado.
O SR.
SEBASTIÃO MELO: Agradeço os dois apartes.
Eu não tenho muito tempo, mas quero dizer aqui
desta tribuna, que é o lugar legítimo que o povo nos concedeu para, em seu
nome, lutarmos por aquilo em que acreditamos - e acredito no Prefeito, acredito
no Secretário Cássio, acredito no Secretário Márcio Bins Ely, acredito no
Procurador-Geral -, que está na hora dessa questão ter um fim. Se a lei não é
boa, eu tenho a grandeza de dizer o seguinte: mostre-me, porque, se a lei não é
boa, vou propor uma mudança, ou vou sugerir ao Prefeito que produza as mudanças
necessárias para que ela se torne adequada. Agora, nesta Cidade, com todo o
respeito aos servidores, existe uma figura e uma autoridade política que o povo
elegeu, e aqueles que renegam a lei são os que a aplaudiram, dizendo que ela
vinha para solucionar, mas, dois dias depois, dizem que a lei não é mais boa!
Então, Ver. Cecchim, eu não vou mais tratar do
assunto, esgotou-se, acho que o Prefeito tem outras demandas, não vou mais
pedir audiência com o Prefeito, não vou fazer mais fazer isso; já foram três,
quatro audiências. Agora, acho que perde a Cidade, porque, realmente, esta lei
foi elaborada durante dois anos por um grupo de trabalho da maior magnitude,
extraordinário, envolveu setores da sociedade, o CREA, todos colaboraram! Eu
estou falando de logradouros cadastrados, ou seja, as pessoas que construíram,
mas que, no meio do caminho, fizeram uma mudança pequena na sua planta. E o
pior, Todeschini: não há ação demolitória e não haverá! Então, crie-se um fundo
- a lei diz isso -, coloquem mais funcionários...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra em Grande
Expediente.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, em verdade, eu ia solicitar que me fosse concedido Tempo Especial,
porque ainda estou em representação, eu penso, pois neste instante estou
voltando da Restinga. Comprometo parte do meu pronunciamento, com muita
satisfação, para registrar, louvar e, sobretudo, aplaudir o comportamento do
Secretário da Mobilidade Urbana e Presidente da Empresa Porto-Alegrense de
Transporte e Circulação, o Cappellari, homem de diálogo, que hoje se encontrava
lá na Restinga com várias lideranças do Bairro, especialmente os comerciantes,
discutindo a complementação da ciclovia que está em andamento. Num esforço muito
grande, mostrou-se que o diálogo é capaz de produzir verdadeiros milagres,
porque para aquilo que há 30 dias se achava impossível encontrar uma solução,
já que estavam radicalizadas as posições, houve um meio-termo, e tornou-se
possível: o que era impossível de acontecer agora começa a acontecer. Eu
acredito que, pela capacidade de ambos os lados, de transigir e de dialogar, ao
final e ao cabo se chegará a uma posição que, se não for ótima, será boa - e
nós sabemos que, na busca do ótimo, com frequência, se perde o bom!
Diversamente do que eu costumo fazer, porque sempre
estou aqui às duas da tarde, cheguei mais tarde, mas dada a relevância do fato:
a reunião aconteceria, Ver. Cassiá, no seu bairro, na sua Restinga, às
14h30min, conforme ocorreu. E eu me sentia responsabilizado de estar lá,
naquele momento, para buscar facilitar o que afinal aconteceu: o entendimento.
Por isso não estava aqui, mas soube que o Jornal do Comércio, merecidamente,
recebeu uma bela homenagem, especialmente pelo grande pronunciamento do Ver.
João Antonio Dib, que há mais tempo promove a homenagem - o Vereador não faz
muitas homenagens, mas as que faz ele faz no capricho e quase como uma
religião: ano após ano, ele realiza essas homenagens.
Então, ainda que ausente, eu me somo agora a elas, porque reconheço, entre outras coisas, primeiro, que o Jornal do
Comércio faz uma excelente cobertura dos trabalhos desta Casa; segundo, que é
um jornal que, por incrível de pareça, consegue ainda desvincular balcão de
negócios e redação. Ou seja, a redação não tem nada a ver com o que
comercialmente o jornal precisa fazer para sobreviver numa época em que
especialmente a imprensa escrita tem enormes dificuldades de sobrevivência não
só pela elevação dos custos da editorialização, mas sobretudo porque tem
concorrências as mais diversas: rádio, televisão e, agora, os modernos meios de
comunicação que são a Internet e a informática. Por isso, com muita satisfação,
eu me somo às homenagens, e, obviamente, eu o faço com inteira justiça a esse
órgão tão tradicional da imprensa escrita da nossa querida Porto Alegre.
Tudo isso acontece,
Sr. Presidente, dentro de um momento muito grave para a história política e a
democracia brasileiras. Eu vejo com grande temor esta praga, que lamentamos,
que é a crescente descrença da cidadania nos homens públicos, descrença que
passa a se arraigar e começa a ter razões as mais justificadas. Os episódios
que envolvem o Ministro-Chefe da Casa Civil, o Palocci, são elucidativos e nos
trazem um exemplo não só capaz de justificar como também de estimular essa
descrença generalizada da cidadania na classe política brasileira. O Dr.
Palocci, até bem pouco tempo consagrado como um grande Ministro de Estado e que
agora retorna a essa condição, sendo o principal Ministro da Presidenta Dilma
Rousseff, protagoniza algumas cenas neste País que realmente estão a
comprometer mais ainda a já depauperada imagem do político brasileiro. É
incrível, Ver. Toni Proença, que a Nação receba as explicações que vem
recebendo nos dias presentes, de que, com facilidade, através de
consultorias no ano de 2010, nos meses de novembro a dezembro, logo após o
período eleitoral, quando foi o coordenador da campanha vitoriosa da Presidenta
Dilma Rousseff, o Sr. Ministro Palocci tenha conseguido, Ver. Idenir Cecchim -
Vossa Excelência é um empresário bem sucedido -, 20 milhões de reais dando
consultoria! Eu chego à conclusão
de que eu errei na vida: especializei-me em outras coisas que não geram esse
tipo de consultoria, apesar de que o Ministro Palocci é médico e deu
consultoria econômica de qualidade extraordinária, a ponto de merecer essa
remuneração de 20 milhões de reais em dois meses de trabalho. É evidente que,
como diz a sua assessoria, era o fechamento do ano, e aí as contas se cobram,
mas se cobram quando há fundamento para que a cobrança ocorra. Ninguém consegue
receber, no fim do ano, por serviços que não realizou durante todo o ano.
Assim, eu digo, com
sinceridade, que fico mais do que entristecido, eu fico nas raias da
desmotivação de continuar atuando na vida pública. Eu acho que eu sou um
equivocado, porque tenho caminhado por um caminho absolutamente equivocado, que
não leva absolutamente à realização daqueles sonhos que eu cultivei na minha
adolescência e que permanecem comigo, porque o sonho, para ser válido, tem que
ser um sonho sonhado, não pode ser um sonho só imaginado. Eu sonhei com um
Brasil socialmente justo, economicamente livre, politicamente soberano,
culturalmente desenvolvido; eu sonhei com este País e sonho ainda, apesar de
entender que hoje vivemos uma situação impensável há alguns anos. Hoje nós
temos o capitalismo estatal predominando; a economia brasileira, hoje,
restringe-se às grandes estatais, aos seus articulados, ou seja, aos seus
prestadores de serviço, às grandes empreiteiras e ao sistema financeiro,
através de seus bancos públicos ou privados. Aí está praticamente concentrada a
totalidade do PIB brasileiro, e há ainda a mineração e a siderurgia, que
perigam complementar tudo, deixando pouco para a produção agropastoril, para a
área de serviço, para o comércio, setores que estão achatados por uma carga
tributária nunca pensada neste País e que se pretende aumentar.
Então, nesta Nação,
Ver. Bernardino Vendruscolo... E V. Exª é muito mais inteligente do que pensa;
às vezes, fica com dúvidas quanto à sua inteligência, mas não precisa ficar,
pois é muito mais inteligente do que imagina ser, e há de me compreender como
poucos, Ver. Bernardino, porque eu sei que V. Exª é uma pessoa que, não sendo
declaradamente liberal como eu, conhece algumas regras inexoráveis da economia,
e só quem compreende a política de mercado pode sentir... Então, V. Exª,
Vereador, é um parceiro que eu gosto de ter nesta Casa, pelas suas posições
muito coerentes e muito firmes.
Agora mesmo, antes de
ocupar a tribuna, vindo lá da Restinga, eu ouvi o final do pronunciamento do
Ver. Sebastião, que me dizia estar estarrecido, porque as leis boas acabam não
sendo cumpridas. Eu tenho que me dirigir diretamente ao Ver. Sebastião Melo,
que é um lutador, um bravo, um guerreiro e que, inclusive, acredita que, neste
País de todos esses paradoxos, vai ser feita uma Reforma Política este ano. Não
vai ser feita, Vereador, porque a grande Reforma Política é a reforma
fundamental da reestruturação, da reformulação e da reimplantação da Federação
Brasileira, que hoje é um mito, uma ilusão, porque não existe. Sem isso, não há
sequer possibilidade de os Municípios cogitarem prosperar. Como muito bem
disse, há poucos dias, um pensador inteligente e competente: os Prefeitos hoje,
quando muito, são gerentes de programas do Governo Federal. E os programas do
Governo Federal, lamentavelmente, Ver. Mauro Zacher, V. Exª sabe disso, são
repletos de boas intenções e de artimanhas que geram um monte de confusões por
este Brasil afora. Isso é o que resta aos Prefeitos.
O Sr. Mauro Pinheiro: Vossa Excelência
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, Ver. Reginaldo Pujol.
Fico feliz em escutar no seu pronunciamento que o senhor esteve na Restinga,
junto ao comércio e com a EPTC, buscando uma solução para aquela ciclovia. Na
minha opinião, a ciclovia, principalmente na frente daquele comércio, vai mais
prejudicar do que auxiliar a região. Eu estou junto com o senhor, se possível,
para que consigamos achar uma solução: que exista a ciclovia sem prejudicar
aquele comércio. Um abraço.
O SR. REGINALDO PUJOL: Muito obrigado,
Vereador. Vossa Excelência toca no ponto central. Eu acho que não são somente
os comerciantes podem ser prejudicados por alguma insensibilidade, também a
comunidade, que não teria acesso aos bancos e aos seus fornecedores e viveria
exposta, inclusive, à possibilidade de acidentes. Parece, Ver. Mauro Pinheiro,
que essas situações não ocorrerão, pelo menos na intensidade em que se
imaginava. As coisas estão caminhando para soluções intermediárias, que, como
eu disse anteriormente, se não são ótimas, são boas, e, sendo boas, já nos
satisfazem, porque de coisas fantasmagóricas que depois não acontecem, de
grandes ideias que não se realizam, nós estamos absolutamente saturados.
Sr. Presidente,
agradeço a V. Exª por ter me assegurado este tempo, pelo qual eu vinha
esperando há cerca de 30 dias, concordando com sucessivos adiamentos. Acabo por
utilizá-lo no dia de hoje, neste momento em que faço justiça ao nosso querido
Secretário da Mobilidade Urbana e Presidente da EPTC e num momento em que
também demonstro a minha apreensão com a paralisação que se desdobra no
Município com intensidade relativa. O Município entende que é menos intensa do
que os promotores do movimento paredista, e nós aguardando que ela se desfaça,
porque, senão, Ver. Sebastião, as nossas leis - inclusive aquela, Ver. Adeli,
que fizemos para estimular a hotelaria, os hospitais, os centros esportivos -
acabam por ser mera folha de papel, porque ficam paradas e, agora, com toda a
razão, porque quem tinha que fazer a coisa andar está de braços cruzados, está
em greve. Está há mais de seis meses em vigor aquela lei, e não temos um
projeto sequer aprovado com aqueles estímulos que a Casa entendeu de oferecer
acompanhando-nos naquele Projeto de Lei. Muito obrigado, Sr. Presidente; muito
obrigado, colegas Vereadores, por terem me dispensado a sua compreensível,
delicada e dedicada atenção. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Paulinho Rubem Berta está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. PAULINHO
RUBEM BERTA: Sr. Presidente, Ver. DJ Cassiá; Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, todos os que nos assistem pela TVCâmara, trago aqui uma dificuldade
muito grande por que passam os moradores do Jardim Leopoldina. Quero me referir
a um projeto da antiga Construtora Guerino, hoje pertencente à empresa Ediba,
falo de 22 prédios construídos no Jardim Leopoldina, em que uma parte foi
construída, e a outra ficou abandonada, sem o término, inacabada. Os moradores
do entorno enfrentam hoje diversas dificuldades, entre elas o tráfico e a
prostituição de menores. Lá a Brigada Militar faz até um belíssimo trabalho;
quando pode, desloca-se, apreende e espanta os marginais, mas esses prédios,
tão necessários à nossa Cidade na área de Habitação, só servem para isso hoje.
A Construtora Ediba nem sequer mantém lá um guarda, um segurança para aqueles
prédios. Todos esses prédios estão abandonados. Eu acho e quero tranquilizar os
moradores do Jardim Leopoldina... São quatro prédios inacabados, a obra está
abandonada há cerca de 25 anos. E nós já temos nossos esqueletos na Cidade
abandonados, por exemplo, no Centro da Cidade, na Praça XV, há ali um prédio
com mais de 50 anos, com apartamentos. É um desperdício! É uma loucura que o
Centro da Capital esteja nessa situação! E, agora, é lá no Jardim Leopoldina. O
DEMHAB, nos anos 80 e 90, tirou as ocupações que existiam nesses prédios, de lá
se originou o Loteamento Santa Maria, junto ao Loteamento Costa e Silva. E
agora, mais uma vez, as pessoas começam a ocupar, pelo abandono e pelo desleixo
da Construtora.
Eu quero garantir aqui que a CUTHAB está
trabalhando, e a amanhã estaremos reunindo toda a documentação e a
encaminharemos ao Diretor Goulart, do DEMHAB, numa parceria, para buscarmos
alguma solução. Esses prédios são... Ou, de alguma forma, o Município adquire
essa área, porque lá já existe a estrutura para a construção de 22 prédios. Os
alicerces estão todos prontos, é uma área magnífica junto à Av. Manoel Elias e
ao Jardim Leopoldina que pode ser ocupada por pessoas que não têm habitação,
pode ser dentro do Programa Minha Casa Minha Vida. Podemos buscar uma solução,
Ver. Toni Proença, para que esses 22 prédios projetados nessa área nobre sejam
ocupados pela população corretamente, dentro da lei, dentro do Programa Minha
Casa Minha Vida, ou através de um projeto bancado pela Prefeitura de Porto
Alegre. O que não dá é deixar como está agora: são marginais, são traficantes,
está servindo de motel, e a população no entorno não tem coragem para encarar
isso e comprometer sua família. Eu também não teria coragem, porque estaria
colocando em risco a minha família. Mas nós, da Câmara de Vereadores, através
da CUTHAB, e tenho certeza absoluta de que com o Goulart, Diretor do DEMHAB,
criaremos alguma alternativa, Ver. Todeschini, o senhor conhece muito bem isso.
A área já foi desocupada, mas estão ocupando novamente aqueles prédios
inacabados.
Então, quero aqui deixar claro que estamos trabalhando
essa questão, vamos trabalhar, Ver. Comassetto, o senhor já esteve lá, sabe da
dificuldade, já ouvi o seu pronunciamento em defesa daqueles moradores, que
hoje são refém dos marginais. Não dá mais só culpar a Brigada Militar; é
preciso pegar esses prédios, de alguma forma, e talvez entregar à Brigada
Militar, para que sirva de moradia aos nossos brigadianos, que precisam disso.
O Jardim Leopoldina e o Rubem Berta ficariam muito gratos com essa atitude da
Prefeitura Municipal de Porto Alegre, do DEMHAB, numa questão de parceria.
Portanto, quero tranquilizar os moradores da Acomajal, a Associação Comunitária
dos Moradores e Amigos do Jardim Leopoldina, e do entorno, porque estaremos
trabalhando nessa questão e iremos recebê-los amanhã, às 14h, aqui. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. CARLOS
TODESCHINI: Sr. Presidente, Ver. DJ Cassiá; Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores, todos os que nos assistem e os que nos ouvem, recebam o nosso
boa-tarde. Queria aqui agradecer a deferência do nosso
Líder, o Ver. Mauro Pinheiro, que me delegou a função de fazer a manifestação
no dia de hoje em nome da nossa Bancada sobre o assunto em pauta, trazido à
tona por várias Lideranças. Eu queria dizer que considero a manifestação do
Ver. Sebastião Melo num tom adequado, ele fez aqui uma fala acerca de
questionamentos envolvendo a situação do Ministro Antonio Palocci. Nós temos
certeza de que a impunidade terminou no Brasil, de que nós vivemos um Estado
Democrático de Direito, de que todos têm que dar explicações por sua conduta
pública, ainda mais quando envolve figuras de destaque da República, como é o
Ministro, mais ainda esses têm que ter atos de transparência.
Agora, o que é
inaceitável, torno a dizer, é a postura do Ver. João Antonio Dib, que na
quinta-feira disse que considerava o Ministro culpado. Ninguém é o culpado
antes do julgamento, Ver. Melo! E ninguém tem o direito de prejulgar ninguém!
Se há questionamentos sobre condutas, Ver. João Antonio Dib, é preciso fazer as
denúncias e pedir que os órgãos do controle façam as investigações, que abram
os procedimentos, porque há instâncias para realizar os julgamentos, e não
dizer, à memória da época da ditadura: “Eu prendo, julgo e executo”. Isso é
diferente, isso é inaceitável. Inaceitável o que o senhor fez na quinta-feira,
Ver. João Dib, porque o senhor falou e depois foi embora, e isso não pode
passar em brancas nuvens.
Agora, é uma situação
que, de fato, traz preocupação a todos. A oposição tem o dever de fazer a
crítica política, e, de todas as reportagens no final de semana, há uma
reportagem na Revista Carta Capital que é bastante contundente e profunda, e,
pelo que eu vi, ninguém conseguiu fazer uma crítica substancial, Ver.
Comassetto, ao Ministro Antonio Palocci, porque enriquecer no Brasil e em
qualquer lugar do mundo não é proibido, a não ser nos países que proíbem por
escolha de sistemas de governos, o que ultimamente também não é mais bem assim.
Mas é preciso saber se esse enriquecimento é lícito, se esse enriquecimento
cumpriu com as obrigações do pagamento de impostos, com o recolhimento de
todos os tributos. É preciso saber se a origem desse recurso, desse
enriquecimento, é ético, sobretudo porque se trata de pessoas que têm papel e
função importantes na vida pública e na República brasileira.
Portanto, depois de conhecer essas questões, Ver.
Pujol, havendo culpa, é evidente que as pessoas têm que responder pelos atos;
agora, não havendo culpa, as pessoas não podem ser prejulgadas, porque a
ninguém é proibido enriquecer, Ver. Pujol. Isso não sou eu que digo, isso é da
Constituição, das garantias e dos direitos dos indivíduos na Constituição
brasileira. Agora, não pode prejulgar e condenar, como fez o Ver. João Dib,
que, de novo, parece que tem saudades do tempo em que viveu na ditadura, aliás,
ele nunca esquece e tem uma dificuldade enorme, inclusive querendo prejulgar
aqui os colegas com adjetivos diminutivos, como o senhor fez na sua fala, Ver. João
Dib. Isso é lamentável, porque há muita gente nos assistindo neste momento.
Aliás, diga-se de passagem, muitos agentes da ditadura, quando precisaram
enfrentar as urnas, não se elegeram, porque não passaram no teste, tiveram
muitas benesses e privilégios, sendo que muitos enriqueceram ilicitamente à
sombra da ditadura. Isso, sim, é preciso dizer, porque constituíram um Estado
para si, além de tolher os direitos políticos, além de matar e de torturar,
fizeram muita coisa que...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para
uma Comunicação de Líder, pelo Governo.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Ver. DJ Cassiá, na presidência dos trabalhos; Sras Vereadoras,
Srs. Vereadores, meus senhores e minhas senhoras, hoje fiz um pronunciamento
dizendo que eu poderia pensar que o Ver. Carlos Atílio Todeschini, que prefere
ser chamado de Engenheiro Todeschini - eu também sou Engenheiro -, parecia ser
apedeuta, mas que eu achava que ele não era; aliás, que eu tinha certeza de que
não era, mas fala, raciocina e ouve como se apedeuta fosse. O que eu disse na
quinta-feira está aqui na minha mão. O colunista Cláudio
Humberto disse que o Sr. Palocci, para comprar um apartamento no valor de 6,6
milhões de reais e um escritório no valor de quase 900 mil reais, deveria ter
ganhado 40 milhões de reais. E devo dizer que anotei aqui uma expressão do
mestre Todeschini: de que todos têm que dar explicação sobre a sua conduta pública.
Eu ainda disse que achava que talvez o Palocci tivesse razão, mas o que o
Cláudio Humberto dizia é que, para gastar aqueles 7,5 milhões de reais, ele
teria que ter ganhado 40 milhões de reais (Lê.): “Se Palocci pagou impostos,
foram 2 milhões em ISS” - é 5% “ 3,7 milhões em PIS Cofins e 12,8 milhões sobre
lucro presumido, por exemplo.” Disse ele ainda que o Dr. Palocci, que já tinha
um problema com o Francenildo - agora vou dizer com tanta tranquilidade -,
tinha que ter ainda algum dinheiro no banco, porque ele não teria gastado todos
os 40 milhões dele.
O que eu disse - aí o
Vereador entendeu que eu julguei o Palocci, mas não julguei - é que, se ele foi
defendido pelo pior brasileiro que já nasceu, o Sr. José Ribamar de Araújo
Costa, vulgo José Sarney, eu achava que ele era culpado. Agora, nem vamos
lembrar dos cartazes blindando a autoridade, e, segundo o Ver. Todeschini,
engenheiro Todeschini, todos têm que dar explicação sobre a sua conduta
pública! Foi o que ele disse agora, não fui eu que disse, por isso acho que o
apedeuta, de vez em quando, no procedimento dele, vale, mas eu não acusei
ninguém.
Agora, não tenho nada
que ver com o Bolsonaro. Eu fui um servidor público que recebeu todos os
prêmios que a Prefeitura dava, que recebeu o respeito da população, mostrado
pela sequência de eleições, com votações expressivas. Eu trabalhei com a porta
aberta sempre, não tive que esconder nada de ninguém, eu não me servi nunca do
serviço público para ser eleito. Não sei, não sei se o Vereador que me acusou
de ter saído depois de falar pode dizer a mesma coisa que eu. Realmente, eu
saí, mas eu já disse que nós podemos fazer uma competição de tempo, no
plenário, entre eu e ele: as vezes que eu saio, as vezes em que ele está
aparecendo no painel, mas não está aqui... Naquele dia eu aguardei para falar,
demoraram na Tribuna Popular de uma forma inusitada, e eu tinha hora marcada
com o médico. Eu tenho o direito de ir ao médico. Agora, eu não sei por que ele
fala, muitas vezes, e sai correndo. E eu sou testemunha, porque ele passa por
aqui. E não o vejo, a não ser lá no painel, mas no plenário, muitas vezes, ele
não está. Vai querer falar de mim por não estar no plenário? Vai querer falar
em revolução? O que sabe ele de qualquer coisa? Não sabe nada. Tanto que ele
afirma e, depois, diz que está errado. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Idenir
Cecchim está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. IDENIR CECCHIM: Sr. Presidente, Ver.
DJ Cassiá; Srs. Vereadores, Ver. João Antonio Dib, eu vi o Ver. Todeschini
falando. Eu tenho certeza, ele está saindo agora...
(Aparte
antirregimental do Ver. Carlos Todeschini.)
O SR. IDENIR CECCHIM: Vai falar no telefone
com o Prefeito? O Ver. Todeschini está mostrando que tem mais prestígio do que
nós aqui. Eu não duvido, porque ele fala. Agora, Ver. Dib, eu acho lamentável
ficar cobrando a sua presença no plenário. Vossa Excelência, eu sou testemunha,
só sai do plenário para ir ao médico. Conte com a minha solidariedade, Ver.
João Dib.
Quanto à defesa que o
Ver. Todeschini fez do calote, eu quero dizer que não é só o Ministro Palocci,
não é só ele; antes dele começou o José Dirceu, que tinha as mesmas funções na
Casa Civil, as mesmas funções. Depois do José Dirceu, veio a Erenice Guerra, que
não sei se era “laranja” ou não, mas também deu problema na Casa Civil,
problema sério, de enriquecimento, de lobista, filho daqui, filho de lá. E aí
vieram os filhos do Presidente Lula: eles ficaram ricos de uma hora para a
outra, também. E aí, agora, o Palocci, na mesma função, na Casa Civil, na
antessala da Presidência. Imaginem vocês quantos Fiat Elba esse pessoal iria
comprar se fizessem como o Collor fez.
Mas o bonito é que hoje, Ver. Dib, estão nos
jornais as grandes defesas. Ontem eu vi o José Sarney defendendo o Palocci.
Hoje eu vi o Paulo Maluf defendendo o Palocci, estava junto o Vice-Presidente
também. Mas eu acho que defender o Palocci todo mundo tem o direito, todo mundo
tem o direito; assim como todo mundo tem o direito de enriquecer, ainda mais
com competência. Agora, eu vejo que cada vez que o Palocci fala ou que a
assessoria de imprensa dele fala... E a assessoria de imprensa dele deve ser o
Franklin Martins, aquele que sempre botava o Lula nas manchetes, que também se
enrolou com o filho dele, fazendo serviços para o Governo, ganhou muito
dinheiro.
Então é uma coisa que me parece que não precisa de
defesa. “O senhor não precisa de defesa, porque isso é um julgamento já feito”,
poderiam dizer. É uma coisa absurda! É uma escola de corrupção. É um absurdo!
Um absurdo o que nós vemos todos os dias. Agora, assistir aqui ao Ver.
Todeschini admitir que é lícito enriquecer foi bom. Foi bom escutar do Ver.
Todeschini que é lícito enriquecer, garantido pela Constituição! Quantas vezes
eu vi esse pessoal do PT reclamar de quem ganhava dinheiro, reclamar do lucro,
reclamar dos bancos, reclamar do cartão de crédito? Mas este ano nós já vimos
aqui uma defesa ferrenha do cartão de crédito pelo pessoal do PT. Mas que bom
que evoluíram!
Só que há uma grande diferença: deve-se enriquecer,
é garantido pela Constituição, mas não com o dinheiro público e nem nos cargos
que esse pessoal está. Eles estão na antessala da Presidência da República, têm
que ter uma conduta ilibada, e eles só têm, atualmente, Ver. Pujol, uma conduta carimbada com o pior selo que pode ter, que é o
selo da desconfiança. Nenhum lugar de homem público é lugar para isso, mas pelo
menos respeitem a Casa Civil da Presidência da República, pelo menos respeitem
lá! Respeitem, porque o exemplo tem que vir de cima. Os exemplos que estão
vindo de cima acabam como acabaram aqui nos Vereadores de Portão. E, por
coincidência, são do PT também. Então...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Luiz
Braz está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. LUIZ BRAZ: Ver. DJ Cassiá, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, eu lembro, Ver. João
Dib - e não faz tanto tempo assim -, que não apenas a Bancada do PT, mas todo o
PT - e mais - e todos os Partidos ligados ao PT, como é o caso do PSOL, faziam
um movimento a favor da ética, mostrando que a então Governadora do Rio Grande
do Sul, a Srª Yeda Crusius, tinha lesado a população, porque ela havia comprado
uma casa; de acordo com as acusações feitas pelas pessoas ligadas ao PT e seus
seguidores, ela teria lesado a população em 400 mil reais. E, realmente, eu nem
vim a esta tribuna fazer defesa, porque eu achava que quem deveria se defender
era a própria Governadora Yeda, mostrando os documentos necessários de que não
tinha sido assim. Passou um pouquinho de tempo, e agora, Ver. João Dib, o Sr.
Palocci compra um imóvel em São Paulo por R$ 6,6
milhões! E compra outro escritório, também em São Paulo, custando R$ 882 mil! E
aqueles que eram os éticos, os morais, os que cobravam decência de toda a
sociedade não vêm aqui a esta tribuna, Ver. Elói Guimarães. Pelo contrário,
eles tentam defender aquele que eu chamo de bandido, porque está roubando aquilo
que poderia dar mais Saúde para a nossa população, aquilo que poderia dar mais
Educação para a nossa população, melhores condições de vida, Ver. Tessaro, para
a nossa população! Ele está sendo defendido aqui por aqueles que acusavam a
ex-Governadora Yeda Crusius, num passado muito recente, de um gasto que havia
feito e que não é 5% daquilo que representam os ganhos do Sr. Palocci num prazo
de quatro anos.
O pior, Ver. João
Dib, é que a maior parte desses ganhos do Sr. Palocci, a maior parte, se deu no
período em que a Srª Dilma estava disputando a eleição. E, como nós sabemos que
ele era o carro-chefe da Srª Dilma, eu posso fazer uma interpretação, Ver.
Mauro, de que isso é sobra de campanha! Recolheram dinheiro de todo mundo,
foram aos banqueiros - porque os bancos nunca estiveram tão bem protegidos aqui
nesta terra como agora -, pegaram todo esse dinheiro, pois a Dilma tinha demais
para gastar, ganhou de todo o mundo! É por isso que a população não precisa
ficar esperando, porque não vem nada de bom por aí, já que quem dá todo esse
dinheiro são as pessoas que estão lá em cima.
E aí, de repente,
acontece essa tragédia toda para nós. Porque não é apenas o Sr. Palocci que foi
contemplado com esse dinheirão todo, enriquecendo 20 vezes o seu patrimônio em
quatro anos. Acho que as outras figuras da República também deviam ser
investigadas, porque o patrimônio delas também deve ter crescido. Olha, até
agora, pelo que eu sei, todos aqueles que fizeram campanha para os candidatos
preferenciais do PT, inclusive o Sr. Lula da Silva, no passado, enriqueceram,
todos eles! Ninguém deixou de ficar supermilionário, e nenhuma
investigação é feita. Lá não está a Polícia Federal, lá não está o Ministério
Público, não tem ninguém investigando, eles podem roubar à vontade. Muito
obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
(A Verª Sofia Cavedon reassume a presidência dos trabalhos.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. AIRTO FERRONATO: Srª
Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras,
senhoras e senhores; estamos, nesta tarde - e ouvindo as últimas manifestações
de Vereadores -, tratando deste tema, que é a corrupção que envolve figuras de
nosso País. Tenho dito, há décadas, que isso é grave, é muito sério, e precisam
de uma punição severíssima todos aqueles ladrões de dinheiro público. Tenho
dito e repito: aqui não julgo e também aqui não condeno. Agora, é a partir
dessa roubalheira que os serviços públicos, cada vez mais, sofrem baques,
porque a drenagem desses recursos diminui a capacidade de se prestar um serviço
melhor ao nosso cidadão. Repito o que tenho dito desde os primeiros dias que
aqui cheguei, e lá se vão mais de 20 anos: ladrão de dinheiro público, para
mim, merece, precisa enfrentar a pena de morte. Não dá para se roubar tanto, e
o nosso cidadão pobre, quando precisa de um comprimido de Melhoral, enfrenta um
problema sério.
Aqui se falou da
questão federal, e eu agora estou acompanhando bastante de perto a questão do
Estado do Rio Grande do Sul, a questão das Prefeituras envolvidas com a
falcatrua da compra de medicamentes. Como um cidadão consciente pode se calar,
quando percebe que Prefeitos e Secretários de cidades pequenas, médias e
mínimas - e também grandes - compram, Ver. Braz, remédios vencidos, para dar ao
nosso cidadão pobre do Estado do Rio Grande do Sul? E àqueles que forem
condenados certamente vai se apresentar uma pena de alguns dias, talvez de
poucos meses, talvez de um ano de prisão, se isso acontecer, se tivermos muita,
eu diria, até sorte em ver esse pessoal preso. É preciso uma investigação
bastante séria e muito profunda onde as nossas autoridades policiais tiverem
qualquer desconfiança. E punição severíssima - severíssima - a essas
personalidades municipais que, para buscar um dinheirinho para viver, talvez,
um pouco melhor, para fazer algumas festinhas por aí, ou comprar uma casinha
mais ou menos, têm a coragem de tirar remédio do povo pobre. Repito: remédio!
Estamos, no Rio Grande do Sul, comprando remédio podre, matando o cidadão
gaúcho! Diante disso, não podemos ficar calados! Não é possível! Que alma tem
uma figura dessa, eleita pelo povo, escolhida pelo povo, ou por seu Prefeito,
talvez, que compra remédio podre para dar aos seus munícipes? Não dá para
calar...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 16h26min): Havendo quórum, passamos à
Apregoo Requerimento
de autoria dos Vereadores Pedro Ruas, Maria Celeste e Fernanda Melchionna, que
solicitam que lhes seja deferida a representação da Casa em reunião com o
Promotor de Justiça Dr. Luciano Brasil, para tratar das questões do Bar
Pacífico. Deferido.
Apregoo Requerimento
de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que solicita que lhe seja deferida a
representação da Casa em reunião com o Sr. Prefeito Municipal, para tratar de
financiamentos junto ao Ministério das Cidades, a realizar-se na tarde do dia
de 16 de maio, a partir das 16 horas. Deferido.
Apregoo Requerimento
de autoria do Ver. Airto Ferronato, que solicita Licença para Tratamento de
Saúde no dia 19 de maio.
O SR. AIRTO FERRONATO (Requerimento): Presidente,
não sei se Vossa Excelência é favorável a este Requerimento, mas eu gostaria
que o meu Projeto que concede Título de Cidadão de Porto Alegre ao jornalista
Ercy Pereira Torma seja votado em primeiro lugar, até em razão do quórum
qualificado que temos agora, neste Plenário.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Nós havíamos
definido que a votação seria na quarta-feira, para garantia do quórum. Mas,
como estamos com quórum pleno, eu coloco em votação o seu Requerimento.
Em votação o
Requerimento de autoria do Ver. Airto Ferronato, que solicita inversão da ordem
de votação dos projetos constantes da Ordem do Dia, para que possamos, em
primeiro lugar, votar o PLL nº 183/10. Após, retornamos à ordem normal de
votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 4179/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 183/10, de autoria do Ver. Airto Ferronato, que
concede o título de Cidadão de Porto Alegre ao senhor Ercy Pereira Torma.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Waldir Canal: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Professor Garcia: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois
terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º, V, da LOM;
- votação nominal nos termos do art. 174,
II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia em 18-04-11.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLL nº 183/10. (Pausa.) O
Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir o PLL nº 183/10.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, este Projeto só não foi votado
antes numa homenagem ao Ver. Airto Ferronato, que se encontrava adoentado,
porque nós já gostaríamos de tê-lo votado na semana passada. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Registra muito bem Vossa Excelência. Está encerrada
a discussão. Em votação nominal o PLL nº 183/10. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) APROVADO por 29 votos SIM.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 3278/10 –
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 157/10, de autoria dos
Vereadores Dr. Thiago Duarte e Bernardino Vendruscolo, que inclui a Semana de
Combate à Verminose e à Protozoose no Anexo à Lei nº 10.904, de 31 de maio de
2010 – que institui o Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do
Município de Porto Alegre e organiza e revoga legislação sobre o tema –, na
primeira semana de abril.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Pedro Ruas: pela inexistência de óbice de natureza
jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CECE. Relatora Verª Fernanda Melchionna: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 22-12-10.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLL nº 157/10. (Pausa.) O Ver.
Carlos Todeschini está com a palavra para discutir o PLL nº 157/10.
O SR. CARLOS
TODESCHINI: Srª Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, quero
cumprimentar os autores do Projeto, porque este assunto não é de menor
relevância para a Cidade e para a Saúde Pública de Porto Alegre. E por que
isso? Porque é bem verdade que a Cidade está fazendo um investimento
importantíssimo, Ver. Dr. Thiago, em saneamento, que é o Pisa, o Programa
Integrado Socioambiental, que objetiva tratar os esgotos da Cidade. Mas, de
outro lado, se olharmos para a quantidade de animais sem controle, a quantidade
de excrementos, em especial de animais, cães e gatos, particularmente, que estão
nas calçadas, que estão nas ruas, que estão nas hortas, que estão em todos os
ambientes, veremos que eles são os principais vetores de verminoses, que são
muitas. São centenas de espécies, e algumas muito graves, que são transmitidas
aos seres humanos, assim como os protozoários, os toxoplasmas, que afetam de
maneira irreversível a visão, que afetam o sistema nervoso das pessoas.
Nós precisamos, a par dos investimentos, de um
grande processo de educação e de conscientização, porque estamos fazendo um paralelo:
de que adianta o Poder Público fazer todo o investimento para a despoluição das
águas dos mananciais, se a prática de não cuidar dos animais e de seus
incrementos continua a contaminar o ambiente? Quantos casos são, Ver. Oliboni,
que nós temos de notícias de toxoplasmose? E o principal transmissor de
toxoplasmose é o gato, através das fezes, que contaminam as hortas. Podem
dizer: “Ah, a carne de suíno mal cozida também”. É verdade, mas não é só. É a
quantidade de fezes de cães, em especial, que são os grandes transmissores das
verminoses contraídas pelas pessoas, simplesmente ao pisar ou tocar em ambiente
contaminado.
Então, o Ver. Elias Vidal, na semana passada,
propôs uma lei para isolar o ambiente em que as crianças brincam nas praças.
Uma medida adequada, porque não há coisa mais desagradável, nojenta, do que uma
criança ir brincar, e aquele ambiente estar contaminado com urina ou com fezes
de cães e gatos. Então, eu penso que é uma medida singela, mas necessária, é um
trabalho de educação ambiental, de educação populacional e, sobretudo, de
conscientização, porque só se pode controlar e ter uma boa Saúde Pública - e
isso é uma questão de Saúde Pública - se todos fizerem a sua parte. O Poder
Público tem feito muita coisa, mas também as pessoas têm que ter o seu cuidado,
inclusive, cumprir as normas, as regras e as leis que disciplinam esta matéria.
Obrigado pela atenção. Nossos cumprimentos pela iniciativa aos Vereadores.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
discutir o PLL nº 157/10.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, o Projeto dos Vereadores Dr. Thiago Duarte e Bernardino Vendruscolo
quer incluir na Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010, que instituiu o Calendário das Datas Comemorativas e de
Conscientização do Município de Porto Alegre, e organiza e revoga legislação
sobre o tema, a Semana Combate à Verminose e a Protozoose na Capital gaúcha, na
primeira semana de abril.
Qual a razão, Srª
Presidente, de nós virmos à tribuna, quando esta é uma matéria, sob todos os
pontos de vista, pacífica? Ocorre que, como eu li, o que propõe este Projeto é
a inclusão no Anexo da Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010, por conseguinte em
uma lei que não tem um ano. Foi votada no ano passado com o nosso protesto,
Ver. Paulinho Rubem Berta, porque víamos um encantamento na ideia de revogar
uma série de leis que estavam vigendo, entre as quais, eu penso, alguma coisa
em torno do assunto que nós estamos tratando. E agora, transcorrido menos de um
ano - este não é o primeiro caso -, nós vemos retornar a esta Casa o debate de
várias datas significativas que foram eliminadas naquela ocasião e que estão
sendo progressivamente recuperadas. Então, o que eu quero salientar nesta hora?
É que nós precisamos ter todo o cuidado com essas leis que, por atacado,
revogam as outras leis, porque, cedo ou tarde, nós vamos encontrar alguma
dificuldade nesse fato. Ou nós temos consciência de que as leis aqui votadas,
aqui produzidas decorrem de um exame responsável por parte desta Câmara e de
que por isso elas têm a sua razão de ser e de existir, ou, então, nós
simplesmente estamos confessando que as leis existentes são, em grande parte,
fruto de qualquer outro estímulo que não a reflexão adequada diante da
responsabilidade da decisão legislativa.
Então, eu quero, Ver.
Bernardino e Ver. Thiago, dizer a V. Exas que eu não tenho com
relação à proposta dos eminentes colegas nenhuma restrição; se as tivesse, já
as teria exposto no momento em que a matéria tramitou aqui na Câmara. O que eu
estou aproveitando é a oportunidade para fazer essa colocação absolutamente
pertinente, alertando a Casa desses inconvenientes, pelos quais já fomos
atropelados em mais de uma ocasião, sempre com meu protesto, votando leis que,
por si só, revogam dezenas de outras leis. E, entre aquelas que são revogadas,
muitas delas têm características iguais ou semelhantes a esta que nós estamos
votando, que consolida, que estabelece no Anexo à Lei nº 10.904, que institui
no Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto
Alegre, a Semana de Combate à Verminose e à Protozoose, na primeira semana de
abril. Repito: a Lei nº 10.904 revogou situações assemelhadas a que agora nós
estamos restabelecendo. Por tudo isso, Srª Presidente, para que fique bem
claro, nós somos, obviamente, favoráveis integralmente à proposição.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra
para discutir o PLL nº 157/10.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Presidente desta Casa, Verª Sofia Cavedon; Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, este Projeto, que é de minha autoria e de autoria
do Ver. Dr. Thiago Duarte - nós estamos o assinando juntos -, é uma sugestão do
Dr. Magrisso, nosso amigo particular, no sentido de incluir a Semana de Combate
à Verminose e à Protozoose no Anexo à Lei nº 10.904. Essa lei, Ver. Reginaldo
Pujol, institui o Calendário de Datas Comemorativas de Porto Alegre. Até o ano
de 2009, nós tínhamos várias leis esparsas, e esse calendário de eventos veio
contemplar todas as leis existentes e organizar, no sentido de que, quando
estamos revogando, é porque ainda existe alguma lei que trata da semana, do dia
ou do mês sobre o mesmo assunto, incluído no calendário de eventos. O que
estava acontecendo? Nós estávamos aqui nesta Casa, ao longo dos anos, aprovando
leis que acabavam caindo no esquecimento. Hoje a Lei nº 10.904 veio instituir o
Calendário de Datas Comemorativas. Logo, hoje estamos mais organizados com as
leis que tratam desses temas, que mais servem para divulgar, instruir e
informar a sociedade de um modo geral.
O Ver. Dr. Thiago, que é o orientador técnico, fará
a defesa técnica do Projeto como médico, mas eu chamo o Ver. Dr. Raul, da minha
Bancada, para que, como médico, também acrescente alguns dados.
O Sr. Dr. Raul
Torelly: Vossa Excelência permite um aparte?
(Assentimento do orador.) Vereador
Bernardino, quero saudar a iniciativa de V. Exª e do Ver. Dr. Thiago Duarte.
Nós, que militamos, há muitos anos, na área da Saúde Pública desta Cidade - lá
se vão 33 anos -, podemos confirmar que a verminose é uma das maiores
incidências sobre as crianças e pacientes em geral, algo que, muitas vezes,
passa despercebido, causando um desconforto muito grande. Acho que é muito
próprio que se destine uma Semana para esclarecer esse assunto, tanto as
verminoses quanto as protozooses devem ser esclarecidas, porque o ser humano
tem que estar alerta para viver bem e com qualidade.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Deixa-me fazer uma consulta rapidinha, vamos
aproveitar esse tempo, já que o senhor não está cobrando consulta agora: quando
se dá um remédio para um familiar, para combater os vermes, todos devem tomar o
mesmo medicamento? Como é que funciona isso?
O Sr. Dr. Raul
Torelly: Não, necessariamente; não é obrigatório. Mas, para as crianças, sim.
Sabemos, inclusive, que muitas vezes é difícil a detecção do verme nas fezes.
São necessários muitos exames. Se houver sintomas, aí sim; se não houver sintomas,
eu esperaria pela detecção do verme para iniciar o tratamento, salvo as
crianças.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Obrigado.
O Sr.
Reginaldo Pujol: Vossa Excelência permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Vereador, tomo a iniciativa deste aparte, porque, ao discutir a
matéria, eu não enfeitei o mérito, pois achei desnecessário, uma vez que uma
proposta que V. Exª assina com o Ver. Dr. Thiago Duarte tem que ter
consistência técnica e sensibilidade política. Essa não foge à regra.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Depois desta orientação jurídica e da orientação
médica do Ver. Dr. Raul, eu atendi aos objetivos do seu pedido, Ver. Dr.
Thiago.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra para discutir
o PLL nº 157/10.
O SR. DR.
THIAGO DUARTE: Ilustre Presidente, eu quero agradecer profundamente aos colegas que me
antecederam: Ver. Carlos Todeschini; Ver. Reginaldo Pujol, cada dia nós
aprendemos mais com o senhor; Ver. Dr. Raul; Ver. Bernardino, que realmente é o
mentor deste Projeto. Nós auxiliamos, mas o mentor é o Ver. Bernardino. E o que
o público de casa pôde acompanhar é um pouco do companheirismo que, muitas
vezes, no mais das vezes, nós temos nesta Casa. Isto que vocês viram agora - esse
clima fraternal - é realmente o que nos pauta; as exceções são aquelas
discussões um pouco mais acaloradas, mas que fazem parte do debate.
Com relação à questão da verminose, eu queria
mencionar uma coluna da jornalista Beatriz Fagundes, do dia 17 de maio de 2011,
no jornal O Sul, quando ela recebeu uma carta do Dr. Magrisso, que acabou
estimulando o Ver. Bernardino a iniciar o estudo desse Projeto (Lê.): “Entendo
que não posso me furtar em dar espaço para tema absolutamente relevante:
‘Prezada Beatriz, meu nome é Moisés Eli Magrisso, médico há 50 anos, na cidade
de Gravataí. [Ele esteve aqui na Câmara.] A verminose é a doença que mais
existe no mundo, atingindo quase 90% das pessoas, porém, mesmo com este
percentual, por incrível que pareça, é a menos diagnosticada, e quase ninguém
se preocupa com esta enfermidade. Alguém se lembra de quando foi realizado o
último congresso de parasitologia em alguma cidade do Brasil? [Eu realmente não
me lembro.] Nos poucos congressos de infectologia, fala-se muito em vírus e
bactérias, mas quase nada em parasitas. A imprensa quase sempre se recusa a
falar sobre o assunto. Se alguém enviar um texto para jornais sobre o assunto
verminose, simplesmente ele não é publicado. O mesmo ocorre com a maioria das
emissoras de rádio. Parece que têm medo de que os ouvintes mudem de estação.
Realmente o assunto pode não ser agradável, mas é de extrema importância. É a
principal causa de óbitos em crianças, como ocorreu em Porto Alegre, no posto
de saúde do Lami, onde uma criança atendida pelo Dr. Thiago Duarte chegou a
convulsões, colocando vermes pelo ânus e pela boca, vindo logo a falecer. Se
fossem administrados vermífugos pelo menos duas vezes por ano a esta criança,
este fato certamente não teria acontecido. Por que somos infestados por
parasitas? Falta de saneamento básico, ausência total de campanhas de prevenção
e combate à verminose, falta de vermífugos nos postos de saúde, a não inclusão
na farmácia popular de distribuição gratuita. [Que já foi corrigida no
Município de Porto Alegre.] A crença de que só se pode administrar o vermífugo
se o exame de vermes em três amostras aparecerem positivos”. Essa prática,
infelizmente, permanece entre muitos colegas médicos.
Então, logo que o Ver. Bernardino trouxe o tema, eu
referi esse fato que, infelizmente, aconteceu comigo há 5 anos, lá no posto do
Lami, com um menino chamado Leonardo – aquilo me marcou muito. Realmente, com
uma campanha séria e permanente de prevenção à verminose teríamos grandes
chances de tratar precocemente, evitar a doença e fazer com que casos como
esses não aconteçam no Brasil do século XXI. Muito obrigado pelas palavras de
todos; conto, Ver. Bernardino, com os votos de todos os colegas para a
aprovação do Projeto.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra
para discutir o PLL nº 157/10.
O SR.
ENGENHEIRO COMASSETTO: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; colegas
Vereadores, Vereadoras, senhoras e senhores, quero aqui, inicialmente,
cumprimentar os colegas Thiago Duarte e Bernardino Vendruscolo por trazerem
este tema ao debate - eu me inscrevi aqui já dizendo, antecipadamente, que
votaremos a favor. E ele traz aqui outro debate: o papel da política pública no
controle dos vetores, ou seja, dos animais que transmitem as verminoses na
Cidade. Nós sabemos, como há poucos minutos discorreu aqui o Ver. Thiago
Duarte, que, principalmente, na periferia, a verminose tem uma incidência muito
elevada. E qual o efeito principal da verminose nas crianças que, em grande
número, já recebem uma alimentação precária? Acaba remetendo a uma desnutrição
ou uma subnutrição, isso faz com que haja um desenvolvimento mental precário e
a incidência de problemas de todas as ordens, desde a parte física até a
problemas de ordem mental, dificultando o desempenho escolar, o que se vê, na
grande maioria das vezes, nas escolas da periferia, porque é onde há maior
incidência, inclusive, pelos principais vetores.
Quando nós tratamos aqui da protozoose, que são os
protozoários que ocasionam doenças, a grande maioria deles são transmitidos,
como já foi dito aqui, por gatos. Nós temos um problema, Dr. Thiago, que é um
dos proponentes e neste momento Presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente
da Câmara: temos um serviço público que se chama Centro de Zoonoses, que está
instalado lá no bairro Lomba do Pinheiro. O Centro de Zoonoses não tem
conseguido dar conta de uma política pública do controle de zoonose na cidade
de Porto Alegre. Trago isso aqui porque merece uma reflexão desta Casa. As
estruturas que existem lá, Ver. Bernardino, são algumas celas ou alguns canis.
Lá há um conjunto de animais - sendo que a maioria deles é formada por animais
perigosos que já mataram pessoas ou outros animais, como cavalos - que não pode
ser remetido para lugar nenhum, muito menos para as escolas de Veterinária,
como era feito antigamente, para estudos, porque estão protegidos por lei.
Então, o que faz o Poder Público enquanto milhares
de animais se disseminam pelas ruas, cachorros e gatos? O Poder Público, mesmo
tendo uma estrutura, é ineficiente. Trago o debate aqui, porque a
responsabilidade também é nossa, ou seja, deste Legislativo, porque, por força
da legislação, hoje, o Centro de Zoonoses tem um entravamento para encaminhar
esse tema na cidade de Porto Alegre, a sua estrutura é insuficiente, o número
de profissionais e de veículos para atender a toda a Cidade é insuficiente.
Antigamente, todos nós lembramos aqui - pelo menos a nossa geração -, o pavor
nas comunidades era a carrocinha, que pegava cães vadios que estavam na Cidade
e levava para o Centro de Zoonoses. Bom, isso acabou. Mas há um debate que é
feito aqui nesta Casa, inclusive com a possível criação da Secretaria do
Bem-Estar Animal, e o Centro de Zoonoses não pode ficar fora dessa agenda.
Então, a minha sugestão à Comissão de Saúde e Meio Ambiente é no sentido de que
traga o debate para esta Casa, para enfrentarmos o verdadeiro papel do Centro
de Zoonoses frente à nova legislação que aí está. Um grande abraço, muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. DR.
THIAGO DUARTE: Presidente, de pronto, quero fazer um convite ao
Ver. Comassetto. Nós teremos, no mês de junho - está para ser confirmada a data
-, uma agenda exatamente para tratar disso, Ver. Comassetto.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Dr. Raul Torelly está com a palavra para
discutir o PLL nº 157/10.
O SR. DR. RAUL
TORELLY: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras, todos os que nos assistem, venho a esta tribuna dizer da
propriedade da iniciativa do Ver. Dr. Thiago Duarte e do Ver. Bernardino
Vendruscolo, proposta que faz a sociedade agilizar as ações que envolvem as
verminoses, as protozooses, tão presentes no nosso dia a dia. É importante
trabalhar muito na parte de prevenção, e a Semana de Combate à Verminose e à Protozoose fará com que as pessoas se
voltem para a prevenção, que deve estar presente na vida diária de todos nós.
Toda família deve estar orientada em relação às verminoses e às protozooses,
porque é muito presente, no dia a dia de todos, situações que envolvem essa
matéria. Por quê? Muitas vezes são alimentos mal lavados, são problemas de
higiene pessoal, de higiene de locais, como pátios, locais onde crianças
brincam, onde há contato com animais. Nós sabemos que as verminoses e as
protozooses têm tudo a ver também com esse descontrole, muitas vezes, dos
animais na Cidade, são doenças que vêm dos cães, dos gatos, dos suínos.
No dia a dia, isso, muitas vezes, passa ao largo da
vida das pessoas, mas são milhares de crianças e de adultos que têm, dentro de
si, algum verme. Infelizmente, a medicina, os laboratórios de análises
clínicas, mesmo se solicitados a realizar um número maior de amostras, acabam
não detectando a presença dos vermes nos exames, e não por sua falha, mas porque
é difícil mesmo esse procedimento de identificação específica dos vermes e dos
protozoários, não é uma coisa fácil. Muitas vezes, o médico deve atentar para
os sintomas do paciente, para aquele desconforto permanente; muitas vezes,
acaba se pensando em alguma doença de gravidade maior do que a verminose,
porque ela facilmente tratável. A facilidade do seu tratamento beira a simplicidade, vamos dizer assim, e os médicos têm que ter isso
bem presente, e não apenas os médicos, toda a sociedade. Está aí uma
ação na qual a Saúde e a Educação têm que andar permanentemente juntas, fazendo
processos de divulgação, de informação e de esclarecimento, em especial nas
escolas, porque as crianças, principalmente na pré-escola e na idade escolar,
levam a informação para a casa, difundindo-a em toda a sociedade.
O que nós verificamos na nossa experiência é que existe um número muito
grande de situações em que o diagnóstico de verminose é complementar a outros
diagnósticos, e muitas vezes o médico o valoriza muito mais do que a própria
doença, que, às vezes, é a própria ação daquele germe dentro daquele organismo.
Então, esta lei é um incentivo no sentido de que possamos levar essa matéria à
Secretaria Municipal de Educação, à Secretaria de Saúde e à própria Secretaria de
Esportes, que também lida muito com crianças, para que façam ações conjuntas no
sentido de tentar diminuir ao máximo a incidência desse martírio de toda a
sociedade, principalmente onde não temos efetivamente um saneamento básico como
gostaríamos, mas estamos agora ampliando muito. Muito obrigado, saúde para
todos!
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação o
PLL nº 157/10. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO por
unanimidade.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 0458/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 011/10, de autoria do
Ver. Aldacir José Oliboni, que determina o fornecimento de filtro solar aos
servidores públicos municipais e dá outras providências.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Waldir Canal: pela existência de óbice de natureza
jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. João Carlos Nedel: pela rejeição do Projeto
(empatado);
-
da CUTHAB. Relator Ver. Nilo Santos: pela rejeição do Projeto;
-
da CEDECONDH. Relator Ver. Maurício Dziedricki: pela rejeição do
Projeto;
-
da COSMAM. Relator Ver. Dr. Raul Torelly: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 18-04-11.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação o
PLL nº 011/10. (Pausa.) O Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra para
discutir o PLL nº 011/10.
O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre
Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, público que acompanha
nossa Sessão neste momento, quem já não observou, no período de verão,
aqueles trabalhadores que estão na limpeza, ou em obras da Cidade, ou na Saúde,
Ver. Tarciso Flecha Negra, expostos a um sol de mais de 40 graus, Ver. Dr.
Raul, necessitando de proteção inclusive para evitar que essa exposição acabe
gerando um câncer de pele? Os dados trazidos no Projeto mostram claramente que
é admissível que hoje o Poder Público possibilite ao cidadão o protetor solar,
como as empresas privadas já estão fazendo, Ver. Todeschini. Poderia até já ser
um instrumento de EPI, de proteção, da mesma forma como a utilização de luvas
para fazer um serviço. Ao estar exposto ao sol, a 40 graus centígrados, em
plenas 11 horas, 14 horas, 15 horas, com certeza, esse trabalhador, logo ali
adiante, à noite ou no dia seguinte, terá um problema muito grave na sua saúde.
Então, é óbvio que
nós, como Vereadores, percebemos essa necessidade de os cidadãos terem proteção. Muitas empresas que hoje terceirizam os serviços públicos não estão
oferecendo essa proteção aos trabalhadores. Essa foi uma demanda dos
trabalhadores da Saúde, do Programa de Saúde da Família, dos trabalhadores que
trabalham do DMLU, como dos trabalhadores de outras empresas que hoje estão
expostos ao sol, em pleno verão. Estamos discutindo os efeitos do calor, o que
hoje é pertinente, e precisamos, sim, dar uma proteção adequada ao trabalhador.
O Sr. Carlos Todeschini: Vossa
Excelência permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado pelo aparte, Ver. Aldacir Oliboni. Cumprimento-o pela
iniciativa também, porque isso não é só para a insolação a 40 graus. Toda a
radiação está cada vez mais intensa, independentemente da temperatura externa,
porque, mesmo com o frio, a insolação é grave. Quero-lhe informar também que,
quando nós estávamos na Direção-Geral do DMAE, nós disponibilizávamos protetor
solar aos nossos operários, e, pelo menos naquele tempo, funcionava; eu não sei
como está agora, porque não tenho acompanhado esse detalhe. Obrigado.
O SR. ALDACIR
JOSÉ OLIBONI: Obrigado, Ver. Todeschini.
Eu faço a leitura de dois parágrafos do Projeto,
para que os colegas Vereadores percebam quanto são importantes alguns dados
(Lê.): “Sabemos que a exposição inadequada aos raios solares sem proteção é um
fator de risco à saúde do profissional. Num país tropical como o Brasil, os
riscos da incidência do câncer de pele e de outras doenças são maiores, e a
tendência é de que aumentem gradativamente por conta das mudanças climáticas
que vivenciamos já nos dias de hoje. Somente no ano de 2008, mais de 100 mil
casos foram diagnosticados em nosso país. O Rio Grande do Sul é um dos estados
brasileiros que mais concentra esses casos, junto com Santa Catarina, Paraná e
alguns estados da Região Sudeste”.
O Sr. Beto Moesch: Vossa Excelência
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Vereador Oliboni, pelo menos para colaborar com o mérito do seu
Projeto - eu não sei com relação à jurisdição e constitucionalidade: de dezembro
de 2005 para cá, nós instituímos, na SMAM, o protetor solar para os 400
servidores que estão diariamente nas ruas, nas praças. O Cecchim estava aqui
lembrando que o DMLU também já usa o protetor solar. Então, é claro que isso é
fundamental! Isso é como se fosse um equipamento de segurança para o trabalhado
e inclusive dialoga com a CLT. Obrigado.
O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Agradeço ao
Ver. Beto Moesch. Eu queria reafirmar essa posição que o Ver. Beto, quando foi
Secretário da SMAM, implementou - o Ver. Cecchim também fala sobre o DMLU: de
que 80% das empresas e também o Poder Público já estão utilizando. Então, nós
apenas estamos regulamentando algo que, com o tempo, poderá chegar a 100%,
evitando o câncer nas pessoas e dando proteção com algo simples e barato, que é
o filtro solar. Eu acredito que é uma boa iniciativa, e peço o apoio dos
colegas Vereadores. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Adeli
Sell está com a palavra para discutir o PLL nº 011/10.
O SR. ADELI SELL: Srª Presidente,
colegas Vereadores, Vereadoras, o colega Oliboni apresenta um Projeto que eu
considero importante, porque nós não estamos generalizando. Na própria fala do
Vereador, ele colocou que há servidores - e o Ver. João Dib sabe, como
engenheiro aposentado da Prefeitura - que se expõem tremendamente ao sol. Nós
temos um verão inclemente, muito quente, estamos numa região onde os raios
utravioletas são mais evidentes. Acho que essa seria uma boa política, porque,
se a Prefeitura fizer uma compra coletiva... Não precisa comprar um filtro
solar de marca sofisticada, de grife internacional, e, sabendo da correção dos
funcionários que compram, não vejo nenhum problema em fornecer o filtro solar
aos servidores da municipalidade.
Vejam aqueles homens
e mulheres que varrem as ruas da Cidade, que estão ali no esgoto cloacal,
fluvial; na SMOV, mexendo com o asfalto fervendo, queimando. Então, nada mais
justo do que a Prefeitura se preocupar com a saúde dessas pessoas. Senão, Ver.
João Dib, Vereadores Dr. Raul, Dr. Thiago, que são médicos, depois poderemos
gastar mais dinheiro com esse mesmo servidor nos hospitais, pois sabemos que um
câncer de pele, quando não tratado devidamente, pode ser fatal.
Então, se nós
pudermos - e podemos - tratar com dignidade um servidor público, que, neste
momento, já clama por melhores salários; que, neste momento, paralisa as suas
atividades na cidade de Porto Alegre... Eu creio que nada mais justo do que nós
aprovarmos aqui o Projeto, e o Prefeito sancionar imediatamente, colocando aos
servidores municipais que uma das contrapartidas ao seu
trabalho cotidiano, num sol inclemente, é o fornecimento do filtro solar.
Expliquei, está explicado, espero que as pessoas compreendam. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João
Antonio Dib está com a palavra para discutir o PLL nº 011/10.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, meus senhores e minhas senhoras; quando cheguei na Câmara
Municipal, designaram-me como integrante da Comissão de Justiça. Bons tempos
aqueles! A Comissão de Justiça dizia: “Pelo arquivamento” ou “pela tramitação”.
Agora, a Comissão de Justiça diz se existe ou não existe óbice para que haja tramitação.
Não sei por que cargas d’água, mas duas vezes, a Comissão de Justiça disse que
havia óbice, em seguida as outras Comissões também disseram que havia óbice,
mas a Comissão de Meio Ambiente disse que não, a Comissão de Meio Ambiente
julgou o mérito. Eu não entendo o porquê. O Ver. Todeschini, na tribuna, disse
que o DMAE fornece protetor solar para os seus servidores, o Ver. Garcia
informou-me que a SMAM fornece protetor solar para os seus servidores, e o Ver.
Ferronato me disse que, quando estava no DEP - imagino que o Ver. Todeschini,
quando estava no DEP, também -, fornecia protetor solar.
A Procuradoria
da Casa diz que estamos interferindo no Executivo. Então, não é o nosso papel.
O Departamento de Limpeza Urbana me comunica que fornece para os seus
servidores protetor solar, ao mesmo tempo diz que o contrato número um, deste
ano, que regula a prestação de serviço de limpeza urbana no Município,
contempla como obrigação da contratada o fornecimento de protetor solar aos
seus funcionários.
Então, eu acho que
não temos necessidade de fazer uma lei que a Procuradoria da Casa e a Comissão
de Justiça - por duas vezes - dizem que nós estamos desrespeitando a autoridade
do Executivo, na pessoa do Prefeito Municipal. Portanto, acho que estamos
perdendo tempo discutindo esta matéria. Ela merece um voto “não” o mais rápido possível. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver.
Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir o PLL nº 011/10.
O SR. REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, Srs.
Vereadores e Sras Vereadoras, se amanhã, Ver.
Mario Fraga, V. Exª propusesse, num Projeto de Lei, que todos os servidores do
Município de Porto Alegre devessem receber o vale-alimentação, se esse Projeto
tramitasse aqui na Casa, certamente todos nós iríamos dizer que ele é
meritório. Só que não precisaríamos dizer que ele é meritório para que os
servidores continuassem a receber o vale-alimentação, o que já recebem há muito
tempo. Este é um exemplo bem-caracterizado que eu ofereço para demonstrar o meu
posicionamento relativo a esta matéria.
Eu costumo dizer aqui
na Câmara que nós temos que respeitar - e eu procuro fazer isso - o máximo
possível a posição das Comissões Permanentes da Casa e que somente com razões
muito fortes a gente pode dela divergir. O Ver. Dib diz que não sabe por que
por duas vezes a Comissão de Justiça assentou na existência de óbice jurídico à
tramitação da matéria. Foi porque, inconformado com a primeira decisão, o
proponente, Ver. Oliboni, ofereceu uma contestação que foi rechaçada também
pela Comissão de Constituição e Justiça, que reafirmou a inconstitucionalidade
da proposta do Vereador, ainda que, carinhosamente, todos nós, Ver. Haroldo,
pudéssemos dizer que era meritória. Tudo que nós fizermos de bom para o outro
tem mérito. Agora, até para fazer o bem para as outras pessoas nós temos que
respeitar as regras legais.
Então, eu afirmo
aqui, sem nenhum temor de ser malcompreendido pelo Ver. Oliboni, que já mereceu
o meu voto em vários dos seus projetos, e ele não é nada econômico em fazer
projetos, há vários projetos dele aqui tramitando, ele tem uma boa produção de
projetos, já está produzindo projetos em série... Agora, obviamente, tem que se
cuidar esse detalhe. Então, sem nenhum temor de ser incompreendido, eu estou
sustentando o meu voto contrário e recomendando à Casa que vote contrariamente,
pelo risco que aprovar um Projeto dessa ordem apresenta. Este Projeto,
seguramente, seria vetado pelo Governo do Município. Se ele não o fizesse,
estaria simplesmente deixando de zelar pela sua competência privativa. Ademais,
se isso viesse a ocorrer, não se abriria uma porta, e sim um corredor, um
portão por onde passariam todas as propostas que, eventualmente, a imaginação
dos colegas pudesse pensar. Eu mesmo me comprometeria, junto com a minha
assessoria, com fertilidade, a buscar pensar em tudo aquilo que entendemos que
o Município devesse dar. Por exemplo, uma camisa do Colorado para os colorados;
uma camisa do Grêmio para os gremistas. Seria educativo, esportivo, seria bom!
Tudo que pudesse ser dado nós iríamos dar de bom coração, de bom grado, porque
seria meritório. Mas seria ilegal, continuaria sendo ilegal, e, por ser ilegal
essa proposta, eu voto contra.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Dr.
Raul Torelly está com a palavra para discutir o PLL nº 011/10.
O SR. DR. RAUL TORELLY: Vereadora-Presidente
Sofia Cavedon, Vereadores, Vereadoras, aqueles que nos assistem; eu tive a
oportunidade de relatar favoravelmente a esse Projeto, porque acredito que é
uma iniciativa que favorece realmente o ser humano. Sou médico do trabalho há
mais de 25 anos, já trabalhei em inúmeras empresas em Porto Alegre e fora de
Porto Alegre, e a gente que trabalha nessa área vê a dificuldade de implantar
os Equipamentos de Proteção Individual. As próprias pessoas, muitas vezes, não
querem fazer uso desses equipamentos por terem algum desconforto, porque não se
sentem confortáveis para trabalhar e acabam se prejudicando, se acidentando no
trabalho, ou se expondo a doenças muito graves, muito sérias que, na
cronicidade, podem acabar levando ao câncer, levando à morte. Isso nós vemos no
nosso dia a dia, infelizmente.
Muitas vezes, vi pessoas que, para agilizar o
serviço em uma prensa de fabricação de alguma indústria, isolavam o equipamento
de proteção que não deixa a prensa cair, se a mão está embaixo, para trabalhar
mais rápido, para ter mais produção. E não foi uma, nem duas vezes que eu vi
pessoas perderem dedos, perderem a própria mão, alegando que estavam
acostumadas a agir assim. Então, o que acontece? As coisas, muitas vezes, têm
que ser proporcionadas para as pessoas, e isso tem que ser uma ideia de um
serviço público bem direcionado, ou seja, uma sociedade que quer ter vida
melhor, que quer dar condições para que as pessoas vivam melhor também tem que
dar condições para aquela pessoa que trabalha ao sol, que trabalha, no dia a
dia, exposta à intempérie. Nós sabemos o que os raios UVA, UVB fazem, os
cânceres de pele que eles produzem. E não são apenas um, nem dois, nem três,
nós estamos falando de câncer basocelular, de ceratose senil, de melanoma, e
melanoma mata, não é brincadeira. Melanoma é uma mancha preta que aparece na
pele, muitas vezes, não dão bola, e, quando se vê, é um dos cânceres mais malignos
e que leva as pessoas ao óbito. O protetor solar é um equipamento de proteção
nesse sentido. Nós precisamos, realmente, favorecer o ser humano. Nós, que
estamos ficando um pouco mais velhos, é só olhar o envelhecimento da pele onde
não se usou protetor solar, as manchas que aparecem, o desgaste que isso traz,
e, ao longo do tempo, o câncer a que estamos expostos. Quantos mecânicos, por
exemplo, poderiam evitar lesões gravíssimas e câncer nas mãos, usando protetor?
Não protetor solar, mas protetor para aqueles óleos, graxas, e eles não usam.
No decorrer do tempo, as pessoas pagam o preço.
Nós temos indústrias em que deveríamos usar sempre
máscaras, e as pessoas, pelo desconforto da máscara, não usam. Nós temos, por
exemplo, galvanoplastia, niquelação, cromagem, e o que acontece? As pessoas
perfuram o nariz, passam a ter lesões irreversíveis em função de não usarem os
equipamentos de proteção individual, e isso é o dia a dia de toda empresa. Eu
já vi pessoas trabalhando em boca de forno, para fazer peças para motocicleta,
a mais de mil graus, sem proteção, próximas àquela radiação ali. Isso traz um
desgaste enorme para as pessoas, quando basta colocar, por exemplo, um anteparo
de alumínio. A pessoa, trabalhando com equipamento adequado, não se expõe à radiação
dessa maneira. Na realidade, o ser humano é o algoz do próprio ser humano. E
ainda tem aquela facilitação do dia a dia: “Não vou usar a luva, porque a luva
me atrapalha; não vou usar o protetor auricular, porque me atrapalha.” Eu
trabalhei numa empresa onde testavam os alto-falantes e os twitters - não tinha ainda computação gráfica - nos ouvidos dos
funcionários, para ver se estavam bons ou ruins. Eu não preciso dizer que a
maioria ficou surda! Então, vamos aprovar o Projeto. Saúde para todos!
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para discutir
o PLL nº 011/10.
O SR. LUIZ
BRAZ: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, senhoras e senhores; nós não deveríamos estar discutindo este
Projeto. Ele deveria, Ver. João Dib, ter tido encerrada a sua tramitação ou
pela Mesa, ou pela Comissão de Constituição e Justiça. Basta que leiam a
Constituição Federal, para ver que lá todas as relações de trabalho devem estar
regradas por leis feitas pelo Congresso Nacional. Nós não podemos fazer nenhum
tipo de lei, nenhum tipo de regramento que possa estar vinculado às leis do
trabalho. E nós estamos aqui, a tarde toda, discutindo este Projeto do Ver.
Aldacir Oliboni que fala sobre a necessidade de se fornecer algo que proteja o
trabalhador que vá ser exposto do sol. Meu Deus do céu!
Eu sou filho de trabalhador da construção civil. O
meu pai era um pedreiro - era, porque já morreu -, e eu o acompanhava nas suas
trajetórias na construção civil. Na construção civil, não é preciso dizer, as
pessoas estão expostas ao sol, e eu não lembro de ninguém que tenha sofrido
problema de câncer de pele ou algum problema causado pela exposição ao sol. Por
quê? Porque aquele trabalhador está com chapéu, com camisa, na verdade, com a
roupa toda no corpo; a exposição se dá com relação aos seus braços, e, às
vezes, quando está fazendo determinado tipo de trabalho, está com luvas também
para poder fazer esse trabalho. A exposição, Ver. Professor Garcia, ao sol
praticamente não é sentida se ele está trabalhando. Então, por isso é um
absurdo o que nós estamos discutindo nesta tarde, fazendo com o que este
Plenário gaste o seu tempo, em vez de estar discutindo outros assuntos, outras
matérias, coisas importantes para a Cidade. Estamos falando de coisas que nós
não podemos discutir, coisas que não cabem a este Plenário discutir. E nós
queremos, Ver. João Antonio Dib, tentar regrar, através de uma “leizinha” que
estamos colocando aqui, para que tudo isso possa ficar lá na Comissão de
Constituição e Justiça.
O Sr. João
Antonio Dib: Vossa Excelência permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver.
Luiz Braz, eu ainda fico preocupado que, na ânsia de legislar, como se Prefeito
fosse, ele coloca “os poderes públicos municipais”. O que é isso, “poderes
públicos municipais”?
O SR. LUIZ
BRAZ: Eu não vou usar outros argumentos aqui, porque não quero ofender o
autor da proposição, não me cabe fazer isso. Apenas quero dizer que esse
Processo não poderia estar tramitando aqui nesta Casa, porque, afinal de
contas, é matéria relacionada com o direito do trabalho, e, como é matéria
relacionada com o direito do trabalho, basta olhar na Constituição para ver que
isso cabe apenas ao Congresso Nacional regrar, não cabe a nós estarmos aqui
regrando. E a gente fica passando a tarde e perdendo o tempo da Câmara
Municipal discutindo assuntos como este. Sinto muito que isso continue
acontecendo nesta Casa, e acredito que nós, Vereadores, todos nós, temos que
saber que esse tempo é sagrado, e temos que gastar esse tempo com coisas que
sejam realmente importantes para o conjunto do Município.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação nominal, solicitada pelos Vereadores
João Antonio Dib, Luiz Braz e Haroldo de Souza, o PLL nº 011/10. (Pausa.) (Após
a apuração nominal.) REJEITADO por
09 votos SIM e 10 NÃO.
O SR. ALDACIR
JOSÉ OLIBONI (Requerimento): Nobre Presidente, como o Regimento possibilita, com
a diferença de até dois votos, pedir a renovação de votação, estou solicitando
a renovação de votação do PLL nº 011/10.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Muito bem. O senhor tem direito, formalize o
pedido de renovação de votação.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 6145/08 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 245/08, de autoria do
Ver. Marcelo Danéris, que institui o Programa de Fomento à Economia Popular e
Solidária no Município de Porto Alegre. (desarquivado pelo Ver. Adeli Sell)
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Pedro Ruas: pela inexistência de óbice de natureza
jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. Idenir Cecchim: pela aprovação do Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Engenheiro Comassetto: pela aprovação do
Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 02-06-10.
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLL nº 245/08. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
REQ.
Nº 031/11 – (Proc. nº 1785/11 – Mesa Diretora) – requer a
realização de Sessão Solene, no dia 1º de setembro, às 19 horas, em comemoração
à Semana da Pátria.
A
SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação o
Requerimento nº 031/11, de autoria da Mesa Diretora. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
A SRA. PRESIDENTE
(Sofia Cavedon – às 17h36min): Está encerrada a Ordem do Dia.
Quero lembrar V. Exas que amanhã nós teremos um almoço
a convite do Sindpoa. É um almoço organizado para o diálogo com a Câmara de
Vereadores, então, é muito importante a nossa participação. Também quero
aproveitar a oportunidade para informar que esta Vereadora teve a honra de ser
convidada, em nome da Câmara de Vereadores, para ser a palestrante, na
quarta-feira, no programa “Tá na Mesa”, da Federasul. É um prestígio à nossa
Casa, e eu gostaria que todos os Vereadores se sentissem convidados e se
fizessem presentes, porque eu falarei do nosso trabalho realizado nesses
primeiros quatro meses deste ano, com imagens da atuação da Câmara de
Vereadores in loco. O título da
exposição será “Câmara de Vereadores, das Leis aos Direitos - Aproximando a
Cidadania da Democracia”. Faremos um esforço para mostrar todo o empenho
coletivo de muitas frentes de trabalho desta Casa para que as leis se tornem
realidade, para que os direitos aconteçam. Muitas vezes, esse esforço é
desconhecido, principalmente naquele espaço e com aquelas representações;
então, será uma alegria estarmos juntos lá.
Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05
oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 0694/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 015/11, de autoria do
Ver. Aldacir José Oliboni, que
obriga as creches, as escolas de educação infantil e similares, públicas,
conveniadas ou privadas, a instalarem câmeras de vídeo ou similares em todas as
dependências utilizadas por crianças com idade inferior a 6 (seis) anos
completos.
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 1540/11 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 014/11, de autoria do Ver. Waldir Canal, que concede a Comenda Porto do Sol ao
senhor Flavio Roberto dos Reis Pereira.
PROC.
Nº 1618/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 051/11, de autoria do
Ver. Waldir Canal, que
altera o inc. I do art. 15 e inclui inc. VII no art. 17 e al. i no inc.
I do caput do art. 18, todos da Lei nº 10.605, de 29 de dezembro de
2008, e alterações posteriores, dispondo sobre autorizações para o comércio
ambulante de doces caseiros.
PROC.
Nº 1668/11 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 015/11, de autoria do Ver. Dr. Thiago
Duarte, que concede o Troféu
Câmara Municipal de Porto Alegre, in memoriam, ao ex-Vereador Ervino
Besson.
PROC.
Nº 1872/11 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 019/11, que cria 1 (um) cargo em comissão e 2
(duas) funções gratificadas na Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e altera a
letra c do Anexo I da Lei nº 6.309, de 28 de dezembro de 1988.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra
para discutir a Pauta.
O SR. ALDACIR
JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidente, Verª Sofia Cavedon; colegas Vereadores, Vereadoras,
público que nos acompanha neste momento, dentre os Projetos que estão na 1ª
Sessão de Pauta, está um deste Vereador, que diz o seguinte (Lê.): ”Obriga as
creches, as escolas de educação infantil e similares, públicas, conveniadas ou
privadas, a instalarem câmeras de vídeo ou similares em todas as dependências
utilizadas por crianças com idade inferior a seis anos completos”. Todos somos
testemunhas de que, recentemente, na imprensa, houve algumas matérias que
diziam o seguinte: “Em Santa Maria, menina de um ano e meio morreu ao se afogar
na piscina de uma creche; em Novo Hamburgo, bebê de cinco meses morre em
creche”. E há tantas outras reportagens que diariamente acompanhamos sobre a
não proteção às crianças e aos adolescentes. E o que serviria como prova, por
incrível que pareça, seria uma câmera, porque, da mesma forma que o pai ou a
mãe não tem a segurança de que a babá não irá bater no seu filho, possivelmente
muitos pais têm a insegurança de que na creche ou numa escola de educação
infantil será dado o trato devido à criança. Não estamos duvidando de que, em
creches particulares ou públicas, não seja dada a devida atenção, mas é de
fundamental importância, como acontece em outras cidades e capitais do País,
que sejam utilizados instrumentos de proteção e educativos.
Hoje, a câmera de vídeo - como é utilizada aqui no
Centro da cidade de Porto Alegre - é um instrumento de segurança, para
registrar a atuação dos delinquentes e prendê-los. Nós também queremos aqui
constituir e legitimar esse instrumento, instituindo uma lei que possibilite
que todas as creches ou escolas de educação infantil de até seis anos possam
ter uma câmera de vídeo para fazer esse monitoramento. É um Projeto que está em
discussão, possivelmente haverá muitas emendas, pareceres favoráveis ou
contrários, mas é uma alternativa. Até porque muitos são os profissionais que
deram essa sugestão para implementar em Projeto de Lei. Está à disposição dos
colegas Vereadores para aprimorarem o Projeto. Agradeço a manifestação e também
a atenção de todos.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, sobre o PLL nº 015/11, do Ver. Oliboni, Projeto que corre hoje em
1ª Sessão, reservo-me a falar sobre ele em nova oportunidade, já que tenho que
endereçar o meu pronunciamento a dois Projetos que estão em 2ª Sessão de Pauta,
sobre os quais, se eu não vou lá no dia de hoje, perco a oportunidade de falar
na discussão preliminar.
O primeiro é de autoria do Ver. Waldir Canal, é PR
nº 014/11, que concede a Comenda Porto do Sol ao Sr. Flavio Roberto dos Reis
Pereira. Como o Flavio Roberto Reis Pereira é meu amigo particular, meu grande
amigo, parceiro de muitas jornadas, eu seria absolutamente suspeito para falar
sobre a relevância da proposta. Mas, ante o risco de ser omisso ou, ao
contrário, ser arguido contra minha suspeição pelos laços de amizade que me
unem ao Flavio, eu fico com a segunda hipótese e reafirmo, solidarizo-me,
congratulo-me e dou meu mais amplo e irrestrito apoio à proposta do Ver. Waldir
Canal.
A segunda proposta é do mesmo colega: altera o inc.
I do art. 15 e inclui inc. VII no art. 17 e alínea i no inc. I do caput
do art. 18, todos da Lei nº 10.605, de 29 de dezembro de 2008, e alterações
posteriores, dispondo sobre autorização para o comércio ambulante de doces
caseiros. O que pretende o Vereador com as alterações propostas? Pretende,
fundamentalmente, promover algumas alterações que são entendidas pela nossa
Procuradoria como pertinentes, eis que matéria de competência Legislativa. É a
alteração de uma lei vigorante, com a inclusão e adoção de alguns dispositivos
novos. Esse é o sentido do parecer prévio contido no processo, que conclui
submetendo à deliberação superior, com a afirmação de inexistir óbice legal à
sua tramitação. Mas, objetivamente, o que pretende o nosso ilustre Ver. Waldir
Canal? Pretende incluir o inc. VII no art. 17 da Lei 10.605/08 e alterações
posteriores, com o inc. VII, que acrescenta, em nova redação, a expressão
“doces caseiros”. Então, releva que se procure ver o que diz atualmente o art.
17, que diz que no Centro Histórico poderá ser expedida autorização ordinária
para o comércio ambulante de alguns produtos - e elabora vários itens -, que,
obviamente, terminam nos churrasquinhos, sendo acrescentados agora os doces
caseiros.
Na mesma forma, o art. 15 sofre alteração e em
todos os casos a expressão “doces caseiros” é colocada. Sendo a matéria
reconhecidamente legal e regimental, acho que aqui, Vereadores Dib e Oliboni,
vale o mérito; se é legal e regimental e tem mérito, tem que merecer o nosso
apoio. E é isso que eu faço, menos em solidariedade ao meu amigo Ver. Waldir
Canal e muito mais porque obviamente, Ver. Raul, parece-me meritória a
proposição. Era isso, Srª Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir
a Pauta. (Pausa.)
O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. DR.
THIAGO DUARTE: Ilustre Presidente, ilustres colegas Vereadores,
eu, Presidente, vou utilizar este tempo como Liderança para não cometer nenhuma
impropriedade. Acho que já foi abordada toda a questão da Pauta, é claro que
todos sabem, todos viram o Projeto de nossa autoria para dar o justo Troféu
Câmara Municipal de Porto Alegre, que, ao meu ver, como nós temos um por
Legislatura, é uma honraria que realmente se destaca dentro das honrarias, e a
mim coube a honra de entregar este Troféu, infelizmente in memoriam, à família do Ver. Ervino Besson - mas acho que, quando
for a hora, certamente nós avivaremos todas nossas lembranças.
Eu queria falar em Liderança para mencionar algumas
coisas que a gente tem podido participar, e falo primeiramente do segmento da
negociação da Gestão Municipal, tendo a Secretaria Municipal de Saúde à frente
dela, com os médicos, no que se refere ao plano de carreira, cargos e
vencimentos. O Dr. Raul e eu estivemos na Secretaria Municipal de Saúde,
sexta-feira, às 16h; tivemos a grata surpresa de participar do avanço desse
processo, não é, Ver. Dr. Raul? Eu ainda confio muito, o Raul também, que
certamente vamos ter um desfecho muito positivo, pela energia e pela motivação
do próprio Secretário e da Secretaria Municipal de Saúde, com a criação do
cargo - o Projeto já está aqui - de Especialista Médico. Isso realmente vai ser
um grande avanço para a Cidade, vai fazer com que a criação do cargo de 20
horas estabilize uma questão que se discute há muitos e muitos anos e que nunca
foi enfrentada por nenhum Prefeito desta Cidade, por nenhum Secretário da Saúde
desta Cidade, algo que efetivamente o Prefeito Fortunati e o Secretário
Casartelli agora estão tendo a coragem de enfrentar: a questão da carga horária
de 20 horas, a questão da Gratificação por Incentivo Médico. Estão tendo a
coragem de enfrentar esse rearranjo para que possamos ter médicos especialistas
no Município de Porto Alegre, podendo qualificar, de forma contundente, de
forma real e de forma permanente, o quadro municipal.
Então, fiquei muito contente sexta-feira, e o Dr.
Raul também ficou muito contente. Esta Casa foi valorizada, porque, a partir da
Comissão de Saúde, a partir, humildemente, destes dois Vereadores, pôde se
fazer essa intermediação entre o Sindicato dos Trabalhadores Médicos do
Município e a Secretaria Municipal da Saúde, havendo, a partir daí, um avanço
bastante grande.
Quero também falar que participei na sexta-feira,
no Hospital Moinhos de Vento, de um consenso de doenças crônicas não
transmissíveis, entre as quais, em primeiro patamar, encontramos as neoplasias,
os cânceres, e hoje o câncer de mama - estava lá a Drª Maira Caleffi, Dr. Raul
- efetivamente é o que mais mata as mulheres. Tivemos também a oportunidade de,
na semana passada, visitar o Hospital Sanatório Partenon, que está sendo muito bem
conduzido pelo Dr. Moggar, esperamos voltar lá, depois, com toda a Comissão de
Saúde, no sentido de poder construir e auxiliá-lo nesse processo de resgatar as
pessoas que têm tuberculose, que têm HIV para o convívio social, de forma
produtiva.
Também, na semana passada, para finalizar, Srª
Presidente, tivemos uma reunião com o Cônsul-Geral do Japão, já que propusemos,
no ano passado, uma homenagem, a primeira homenagem de Honra ao Mérito in memoriam, ao sensei Akira Taniguchi.
Certamente, iremos fazer isso ao longo do segundo semestre. Muito obrigado pela
paciência. Uma boa-tarde a todos.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir
a Pauta.
O SR. ADELI
SELL: Srª Presidente, em boa hora o Ver. Oliboni coloca uma questão sobre as
escolas infantis, as creches, sejam comunitárias, particulares ou municipais,
acerca de um controle e do comportamento que deve ter uma atividade infantil,
os cuidados que as educadoras devem ter. A minha única preocupação é como será
feito o monitoramento, que tipo de gravação vai ser feita, como vai ser
armazenada e se não deveria haver uma gravação que fosse imediatamente enviada
- hoje há condições técnicas para isso - para uma central dentro da Secretaria Municipal
de Educação. Talvez se faça um questionamento se vamos virar um grande Big
Brother, se o romance 1984, de George Orwell, vai se tornar, de fato, uma
realidade. Acho que são coisas completamente diferentes. Uma coisa é a
espionagem do Estado, o uso de um Estado de partido único - o livro é uma crítica dura ao
stalinismo -, o que não tem nada a ver com o monitoramento feito para o bem,
para que nenhuma criança fique sequelada, para que não haja maus-tratos e que
haja um cuidado efetivo com as crianças nas escolas infantis.
Nós temos que dar
uma atenção muito grande a esse tema, até porque essas escolas, quando
conveniadas, Ver. João Dib, vivem dramas homéricos. É impossível manter as
educadoras nas atuais funções com o repasse que vem da Prefeitura. Não é de agora, é de muito tempo, só que agora a economia mudou.
Então, uma crecheira, uma educadora, ela sai da Escola Infantil e vai trabalhar
numa loja, num shopping center, que
ganha mais. Portanto, muitas vezes, cria-se um conflito, muitas vezes há problemas
e há pessoas cada vez menos qualificadas que estão cuidando das crianças,
porque o salário é muito inferior àquilo que uma pessoa razoavelmente
qualificada deveria receber. Nós já tivemos muitos dramas, nessas escolas
infantis, pela falta de treinamento, de capacitação, e isso, evidentemente, é
fruto do salário pago. Eu diria que nós deveríamos tentar discutir com o
Prefeito, Ver. João Dib, V. Exª, que é Líder deste Governo, e termos um aumento
emergencial de 10% para as nossas creches, o que eu acho que não é uma
exorbitância, não é fora da realidade. Isso não é uma provocação ao Executivo,
é uma grande colaboração para que, juntos, pensemos isso.
Eu, Ver. João Dib,
posso dizer o seguinte: se hoje déssemos um aumento de 10% para as creches e
houvesse uma força-tarefa da SMED, discutindo, creche por creche, com as suas
educadoras, chamando depois os pais e as mães das crianças, se esses se
empenhassem numa campanha, por exemplo, de pedir nota fiscal de tudo que se
compra, nós teríamos um grande lucro. Aquilo que hoje daríamos de aumento para
as escolas infantis nós teríamos retirado logo em seguida, no primeiro mês,
pelo aumento do tributo, porque há uma grande sonegação na nossa Cidade. Eu
faria a mesma coisa se Prefeito fosse, faria o mesmo com os servidores públicos
municipais, que hoje demandam 18%. Sem dúvida nenhuma, não há caixa de
Prefeitura que consiga pagar essa quantia, mas não pode ficar nos 6,51%.
Portanto, se Prefeito fosse, chamaria cada uma e cada um dos servidores
públicos, os quais, sem dúvida nenhuma, colocariam seus familiares - esposo,
esposa, filhos, pais, tios - numa grande campanha. Imagine, Ver. João Dib, uma
legião de 80 mil pessoas fazendo campanha, pedindo nota fiscal. O aumento da
arrecadação de Porto Alegre seria impressionante! Em 2006, Vossa Excelência se
lembra de que nós debatemos. Houve um decréscimo na arrecadação, e, toda vez
que se lê matéria no jornal, os shoppings
vendem mais. Alguma coisa está errada, não só no cotidiano da Cidade, mas
parece-me que, inclusive, já tomou conta do seu cerne. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João
Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidente, Verª
Sofia Cavedon; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras,
meus senhores e minhas senhoras, eu gostei da sensibilidade do Ver. Adeli Sell,
quando ele falou sobre as creches e as dificuldades que se enfrentam; gosto da
sua preocupação com os servidores públicos e vou acrescentar mais: se todos os
servidores fiscalizassem a emissão de notas fiscais, o ICMS aumentaria muito
mais, e nós teríamos muito mais obras, serviços e saúde no Estado e na Cidade.
Eu tenho certeza de
que, se o Ver. Carlos Todeschini estivesse no Plenário agora, ele diria que o
Projeto do Ver. Aldacir Oliboni conflita com a Constituição, quando interfere
na área privada e na área pública, atacando Poderes que são do Executivo, num
caso, e da Constituição, no outro - mas o Engenheiro Todeschini não está no
Plenário, e eu tenho que dizer que é o que ele diria. O Projeto do Ver. Aldacir
Oliboni, conforme a Procuradoria da Casa, tem óbices de natureza jurídica.
Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Saúde e paz a
todos, Vereadores João Antonio Dib, Dr. Thiago, Toni Proença, DJ Cassiá, Adeli
Sell, e Mauro Pinheiro. Cumprimos com a nossa Pauta desta tarde. Uma boa-noite
a todos.
Estão encerrados os
trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão
às 18h.)
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